Tesoureiro do Partido Conservador demite-se depois de protagonizar caso de corrupção. Peter Cruddas pedia 300 mil euros por encontro com David Cameron.
Corpo do artigo
A ratoeira foi montada por jornalistas do Sunday Times. Sem saber que estava a ser filmado, Peter Cruddas encontrou-se com potenciais investidores de um fundo com sede no Liechtenstein. Em troca de favores, o então tesoureiro do Partido Conservador pediu 250 mil libras. O preço dava direito a uma entrada directa na Primeira Liga da política, que incluia um jantar com o primeiro-ministro britânico David Cameron.
Desta forma, Peter Cruddas vendia acesso privilegiado ao mundo das influências. Por 300 mil euros, a porta do nº 10 de Downing Sreet ficaria aberta a uma série de benefícios. O antigo tesoureiro do Partido Conservador prometia caminho directo para várias informações e garantia que qualquer descontentamento seria ouvido e chegaria depois à comissão política do partido.
O vídeo não tradou a fazer mossa. Peter Cruddas não resisitiu muito. Poucas horas depois apresentou a sua demissão e pediu desculpa. David Cameron apressou-se também a reagir.
O primeiro-ministro britâncico classificou de inaceitável o episódio e garantiu que não é assim que o partido conservador angaria fundos. A quente, David Cameron anunciou, ainda, a abertira de um inquérito interno no Partido Conservador.
O escândalo não passou ao lado da oposição. Para David Milliband, o caso é um pouco mais do que embaraçoso... O líder do Partido Trabalhista diz que é um exemplo da fronteira que não pode deixar de existir entre um partido e o governo.
Peter Cruddas era tesoureiro dos conservadores desde Junho do ano passado.