A rainha Isabel II pediu hoje aos seus súbditos do Reino Unido para se unirem após o referendo na Escócia, em que o "não" à independência venceu com 55,3% dos votos.
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«Conhecendo o povo da Escócia como conheço, não tenho dúvida de que os escoceses, como as outras pessoas em todo o Reino Unido, são capazes de expressar opiniões convictas para depois se unirem novamente num espírito de respeito mútuo e de solidariedade», afirmou a chefe de Estado, num comunicado divulgado pelo Palácio de Buckingham.
A rainha do Reino Unido, que atualmente se encontra na sua residência escocesa de Balmoral, onde acompanhou o apuramento dos resultados do referendo na Escócia, considerou que a votação de quinta-feira terá causado «sentimentos fortes e emoções contraditórias».
Isabel II referiu que isso se enquadra na «longa tradição democrática» do Reino Unido, e acrescentou não ter dúvidas de que «essas emoções vão ser temperadas pela compreensão dos sentimentos dos outros».
A monarca, de 88 anos, afirmou ainda que os britânicos têm em comum «um amor eterno pela Escócia» que ajudará a mantê-los unidos e apelou a todos para que trabalhem construtivamente pelo futuro da Escócia e de todas as partes do Reino Unido.
«A minha família e eu faremos tudo o que for necessário para vos ajudar nessa importante tarefa», disse.
Durante a campanha para o referendo de quinta-feira, em que foi a votos a possibilidade da independência da Escócia em relação ao Reino Unido, Isabel II fez uma única e breve declaração sobre o assunto, pedindo aos escoceses que pensassem «muito cuidadosamente sobre o futuro».