O diretor da Organização Nacional de Transplantes destacou hoje que Espanha tem uma média de 35,3 dadores por milhão de habitantes.
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Rafael Matesanz afirmou, durante a sua nomeação como membro da Real Academia Nacional de Medicina espanhola, que «o modelo espanhol de gestão de transplantes» é «pioneiro no mundo» e transformou a Espanha «numa referência internacional» neste campo.
Na cerimónia, que contou com a presença da ministra da Saúde, dos Serviços Sociais e da Igualdade, Ana Mato, e da secretária-geral da Saúde, Pilar Farjas, o presidente da Organização Nacional de Transplantes (ONT) destacou as taxas de doação registadas em comunidades como Castela e Leão e no País Basco, as quais têm uma média que supera os 40 dadores por milhão de habitantes.
Matesanz, no entanto, explicou que as equipas de coordenação para transplantes em Espanha são formadas por cerca de 400 pessoas, um número que contrasta com os 47 milhões de habitantes.
O médico disse que a existência de uma rede de coordenadores intra-hospitalares é a «chave principal do êxito» do modelo nacional e é a característica que diferencia Espanha do «fracasso de outros países».
O diretor da ONT realçou a redução de custos para o sistema de saúde nos transplantes renais, contra o elevado custo dos tratamentos, como a diálise, e acrescentou que a doação de órgãos aumenta em 30,8 anos a vida de cada paciente.
Matesanz, especialista em nefrologia, falou também dos programas de transplantes em caras e em mãos, os quais foram considerados um êxito, em alguns casos.
Desde a criação da ONT, em 1989, data em Rafael Matesanz assumiu o cargo de diretor, o número de dadores de órgãos em Espanha triplicou, passando de 14 dadores por milhão de habitantes para 34,8 em 2012.
Este valor representa o dobro da média da União Europeia e ultrapassa em mais de 8 pontos percentuais a média dos Estados Unidos da América.