
Lusa
Nos últimos comícios houve de tudo. Foi o fim da campanha eleitoral em Espanha. PP, PSOE e Ciudadanos estiveram em Madrid. O Podemos foi a Valência.
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Antes de Mariano Rajoy entrar em palco, um ecrã gigante, no IFEMA (Centro de Congressos de Madrid) mostrou todas as "selfies" que o líder do PP tirou durante a campanha. Depois, o actual presidente do governo espanhol, recordou tanto o seu trabalho, como aquele que o partido já levou a cabo. Voltar atrás não faz sentido, arriscar é um erro, é preciso apostar na estabilidade e ela só se consegue com o Partido Popular, disse Mariano Rajoy. Já depois das onze foi a vez de Pedro Sánchez falar em Fuenlabrada. Sem palanque, nem papeis. Foi usado o já habitual sistema mais informal, a condizer com a roupa usada pelo líder do PSOE. No contacto direto com quem o ouvia, foi criticando os "morados" (roxos, referindo-se ao Podemos) e os "naranja" (laranjas, cor do Ciudadanos). Sánchez pediu um "cartão vermelho" para o governo de Mariano Rajoy.
Bem no centro de Madrid, o líder do Ciudadanos começou a falar uma hora depois do previsto. Mas o primeiro discurso, ainda que curto, ficou a cargo do líder do To Potami, partido da Grécia criado no ano passado, poucos meses antes das eleições. Albert Rivera falou durante pouco mais de quarenta minutos para uma praça que não encheu mas que o ouviu com atenção. Repetiu que não está disponível para coligações, nem para apoiar nenhum partido que esteja contra a união de Espanha (referindo-se ao Podemos). O partido de Pablo Iglesias estava longe, em Valência. Apesar do candidato viver e trabalhar em Madrid, a capital espanhola não foi a escolhida nem para abrir, nem para fechar a campanha. O líder do Podemos revelou que quer ser o protagonista de "una transición", uma mudança, recordando que tudo começou nas ruas, com o movimento 15 M (conhecido como o movimento dos indignados).