O líder do PSOE abandona o cargo de secretário-geral do partido depois de ter perdido uma votação para a realização de um congresso extraordinário.
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"Para mim, foi um orgulho. Apresento a minha demissão. Foi uma honra", disse o líder do PSOE.
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A demissão tem lugar depois de uma reunião de mais de 11 horas, muito tensa, que começou às 09:00 (08:00 de Lisboa).
Depois de dois anos à frente do PSOE, Pedro Sánchez não resistiu às críticas de vários "barões" do partido à sua liderança.
O setor crítico a Sánchez impôs a criação de uma comissão de gestão para dirigir o PSOE até à escolha de um novo secretário-geral.
Os socialistas espanhóis reuniram-se para apreciar a proposta de Pedro Sánchez de eleger um novo secretário-geral este mês e fazer um congresso extraordinário em novembro.
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Sánchez enfrentou a oposição interna do setor crítico da direção socialista, que também quer a convocação de um congresso (ordinário), mas apenas para depois da formação de um novo Governo em Espanha.
Um congresso extraordinário apenas pode decidir sobre a composição dos órgãos de direção do PSOE (Partido Socialista Operário Espanhol), enquanto o ordinário também toma decisões sobre a estratégia política para os próximos anos.
Pedro Sánchez tinha dito que se demitiria caso as suas propostas de realização de eleições diretas e congresso não vingassem e o PSOE decidisse apoiar a investidura de Mariano Rajoy como chefe do governo espanhol.
Se o impasse político em Madrid não for desbloqueado até 31 de outubro, o rei Felipe VI terá de dissolver o parlamento nacional e convocar novas eleições.
Se isso acontecer, serão as terceiras eleições legislativas que se realizam no espaço de um ano, depois de na primeira consulta, em 20 de dezembro de 2015, e na segunda, em 26 de junho deste ano, as quatro principais forças políticas espanholas (PP, PSOE, Unidos Podemos e Ciudadanos) não terem conseguido chegar a um acordo para formar um Governo estável em Espanha.