A lista "Barcelona en Comú", encabeçada pela ativista Ada Colau, e que integra o movimento Podemos, ganhou a Câmara de Barcelona.
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A plataforma de Ada Colau, fundadora da "Plataforma de Afectados por la Hipoteca" (uma organização que visa impedir o despejo de pessoas que não conseguem pagar a hipoteca aos bancos) obteve 11 deputados municipais, mais um do que os 10 conseguidos pela CiU, com o atual presidente da Câmara, Xavier Trías, como cabeça-de-lista.
"Demonstrámos que existe outra forma de fazer política. E não tivemos o caminho facilitado. Difamaram-nos, atacaram-nos, mas com esperança, com vontade, mostramos que 'Sim, podemos'", afirmou Ada Colau, na sede de campanha, em Barcelona.
A Barcelona en Comú é o novo nome do movimento Guanyem Barcelona, que agrega a Iniciativa per Catalunya Verds (ICV), Esquerra Unida, Podemos, Procés Constituent (dirigido pela freira Teresa Forcades, que se vê na foto) e Equo.
O voto, no entanto, está bastante fragmentado, já que o Ciudadanos consegue eleger cinco deputados, a Esquerra Republicana Catalana outros cinco e o Partido Socialista da Catalunha quatro. O PP catalão obteve apenas três deputados municipais.
A maioria absoluta na Câmara atinge-se com 21 assentos, pelo que a negociação pós-eleitoral poderá complicar a gestão camarária.
A vitória de Colau, e consequente derrota da CiU, permite outra leitura: a CiU, de Artur Mas, sofre uma derrota.
Em campanha, Artur Mas repetiu que Barcelona é a cidade ponta de lança do processo soberanista, que o presidente da Generalitat pretende "referendar" nas eleições autonómicas catalãs de 27 de setembro.
Artur Mas também afirmou que num processo soberanista "não é a mesma coisa Barcelona estar a favor ou contra".
No entanto, hoje disse que a leitura das eleições municipais é "local" e, portanto, limitada.