O ex-espião russo Sergei Skripal e a filha foram envenenados no Reino Unido.
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Os cientistas britânicos responsáveis pela análise ao veneno utilizado contra o ex-espião Sergei Skripal não conseguiram provar que o químico foi produzido na Rússia.
Em causa estará o agente neurotóxico conhecido como Novichok. Contudo, e segundo a televisão Sky News, as informações recolhidas não foram suficientes para descobrir a origem do veneno, tal como foi impossível perceber se este foi produzido da Rússia.
Gary Aitkenhead, responsável pelo Laboratório de Ciência e Tecnologia para a Defesa de Porton Down, em Salisbury, assegurou, em declarações à televisão britânica, que "não foi identificada a origem precisa" do veneno, mas que foram reveladas ao governo britânico as conclusões da pesquisa.
Ainda assim, o especialista garante que a substância exige "métodos extremamente sofisticados para ser produzida, uma capacidade que só está ao alcance de um Estado". "É da nossa competência fornecer provas científicas de que agente neurotóxico se trata especificamente. Identificámos o tipo a que pertence e que é de uso militar, mas não nos cabe dizer onde foi fabricado", refere ainda nas mesmas declarações.
Recorde-se que Sergei Skripal, de 66 anos, e a sua filha, de 33, foram envenenados em território britânico e encontrados num banco perto de um centro comercial. O ataque espoletou uma crise política internacional que levou à expulsão de dezenas de diplomatas russos.
As vítimas do envenenamento sobreviveram e encontram-se hospitalizados, sendo que Skripal ainda está em estado crítico, enquanto a sua filha recuperou e está consciente.