"Esperamos uma vitória em breve." Três mil ucranianos deixaram Portugal até ao final do ano passado

Tiago Petinga/Lusa
O presidente da associação dos ucranianos em Portugal espera um maior apoio militar por parte do nosso país
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Três mil ucranianos deixaram Portugal até ao final do ano passado. As contas são feitas pela associação de ucranianos no nosso país, a partir dos pedidos registados pelo antigo Serviço de Estrangeiros e Fronteiras, tal como revela Pavlo Sadokha.
"No fim de 2023, foram registados pelo SEF menos pedidos de proteção temporária. Três mil pessoas regressaram à Ucrânia ou foram para outros países. Normalmente, são grupos com pouca dimensão e neste momento estão bem. Confiamos que com a chegada das munições e do apoio militar, a Ucrânia vai conseguir defender os seus territórios", explica, em declarações à TSF.
Pavlo Sadokha não tem qualquer indicação sobre uma eventual visita do presidente da Ucrânia a Portugal, na terça-feira, mas a confirmar-se a vinda de Volodymyr Zelensky, o presidente da associação dos ucranianos tem uma lembrança e uma mensagem preparada.
"A nossa comunidade, que está cá há muito tempo, está com a Ucrânia. Vamos continuar a ajudar e esperamos que, em breve, tenhamos uma vitória nesta guerra. Muitos ucranianos vivem em Portugal e já têm cidadania portuguesa, sentem Portugal como o seu segundo país. Poderíamos oferecer alguma coisa típica de Portugal, como os azulejos, que representam muito bem Portugal, e são uma boa lembrança também para o Presidente", refere.
Entre o dar e receber, Pavlo Sadokha espera um maior apoio militar por parte de Portugal. "Em termos de apoio militar, Portugal não tem tanto como outros países, com economias e dimensões mais fortes, mas há sempre alguma coisa para se conseguir ajudar a Ucrânia a defender o seu território. O que o nosso Governo agora pede a todos os países é mais armamento para defender os civis e as nossas cidades na Ucrânia", acrescenta.