O Presidente sírio afirmou, durante um discurso transmitido pela televisão pública, que o estado de emergência, em vigor desde 1962, será abolido dentro do prazo máximo de uma semana.
Corpo do artigo
Desde o início de Março que a Síria tem sido agitada por uma onda de manifestações contra o regime de al-Assad.
A abolição da lei de emergência, que reduz significativamente as liberdades civis, é uma das principais reivindicações dos movimentos anti-governamentais sírios que reclamam uma liberalização do regime.
Como um sinal de abertura, o chefe de Estado sírio nomeou em finais de Março uma comissão para estudar a possível supressão da lei.
«A comissão jurídica sobre a lei de emergência elaborou uma série de propostas com vista a uma nova legislação. Estas propostas serão submetidas ao Governo que irá promulgar as leis (...) dentro do prazo máximo de uma semana», afirmou o chefe de Estado sírio, durante um discurso diante do novo Executivo, transmitido pela televisão pública.
No mesmo discurso, Bachar al-Assad expressou o seu pesar pela morte de dezenas de pessoas durante as manifestações anti-governamentais.
A agência estatal síria Sana noticiou hoje que um polícia foi morto na cidade de Homs, no norte do país, durante uma manifestação de contestação ao governo.
De acordo com estimativas de organizações de defesa dos direitos humanos, os protestos, que têm sido duramente reprimidos pelas autoridades, já levaram à morte de mais de 200 pessoas.