O Estado Islâmico ameaçou matar dois reféns japoneses caso Tóquio se recuse a pagar 200 milhões de dólares (172 milhões de euros) no espaço de 72 horas, revela um vídeo publicado hoje pelos jihadistas.
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Nas imagens, um militante vestido de preto empunhando uma faca dirige-se à câmara em inglês, de pé, entre dois reféns vestidos com macacões cor de laranja.
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«Têm 72 horas para pressionar o vosso Governo a tomar a decisão mais sensata e pagar 200 milhões de dólares para salvar a vida dos vossos cidadãos», disse.
O militante explicou que o valor do resgate serve de compensação pela ajuda não-militar que o primeiro-ministro japonês Shinzo Abe prometeu dar à campanha contra o Estado Islâmico no Médio Oriente.
O Governo japonês garante estar a investigar a ameaça. «Sabemos destes relatórios. Estamos a discutir o assunto», disse um responsável da divisão de prevenção do terrorismo.
Quando questionado sobre se o Governo considerava este vídeo autêntico, o responsável, que não quis ser identificado, disse à AFP que «isso também está a ser verificado».
Um dos reféns já tinha surgido em imagens divulgadas em agosto, em que se identificou como Haruna Yukawa, e se viu estar a ser agressivamente interrogado pelos sequestradores.
O segundo refém - Kenji Goto - é um jornalista freelancer que criou uma empresa de produção de vídeo, a Independent Press, em Tóquio, em 1996, que produzia documentários sobre o Médio Oriente e outras regiões depois transmitidos nos canais japoneses, incluindo na emissora pública NHK.
Entretanto, o primeiro-ministro japonês veio já exigir a libertação imediata de dois reféns nipónicos que o movimento extremista Estado Islâmico (EI) ameaçou matar, num novo vídeo, caso Tóquio não pague um resgate de 200 milhões de dólares.
«Estou extremamente indignado com este ato e exijo vigorosamente que nenhum mal seja feito [aos reféns] e que sejam libertados imediatamente», disse Shinzo Abe à imprensa, em Jerusalém.