O ciberataque à escala global do vírus 'WannaCry' tem continuado, mas a um ritmo menor do que na passada sexta-feira. Nos EUA os danos reportados não preocupam as autoridades.
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Apenas um pequeno número de infraestruturas críticas terão sido atacadas nos Estados Unidos. É a informação que a agência Reuters avança citando uma fonte no Departamento de Segurança Interna. A mesma fonte diz que não existiram problemas significativos na atividade das empresas afetadas.
Na Ásia, que escapou ao ataque de sexta-feira por causa do fuso horário, milhares de novos casos foram reportados hoje, à medida que as pessoas regressavam aos empregos.
O Centro de Coordenação de Respostas de Emergência Informáticas do Japão, uma organização não lucrativa, indicou que 2 mil computadores em 600 localidades no país foram infetados.
A comunicação social chinesa deu conta, pelo seu lado, que 29.372 instituições foram infetadas, assim como centenas de milhares de dispositivos.
Universidades e outras instituições de ensino foram os alvos principais do vírus, eventualmente, porque as escolas possuem, em regra, computadores mais antigos e são mais lentas na atualização de sistemas de proteção.
O ataque afetou estações de comboios, correios, estações de combustível, centros comerciais e serviços governamentais em toda a China, de acordo com a agência chinesa de notícias, Xinhua, citada pela agência Associated Press.
No Reino Unido, cujo Serviço Nacional de Saúde foi um dos alvos proeminentes atacados pelo esquema informático de extorsão, o ministro da Saúde britânico, Jeremy Hunt, esclareceu que não só não se verificou a temida segunda onda de infeções como "o nível da atividade criminosa" se registou no nível mais baixo do cenário antecipado.
O vírus informático, conhecido como 'WannaCry', paralisou computadores em fábricas, bancos, agências governamentais e sistemas de transportes em mais de 150 países.
Entre as instituições atacadas, pontuaram o Ministério do Interior russo e empresas como a espanhola Telefónica ou a norte-americana FedEx Corp.
Apesar da contaminação informática ter abrandado hoje, muitas empresas e agências governamentais ainda estão a recuperar do primeiro ataque.
A construtora de automóveis francesa Renault não abriu as portas de uma das suas fábricas em França, que emprega 3.500 pessoas, como "medida preventiva".