O Departamento de Defesa dos Estados Unidos informou hoje que março foi o primeiro mês em dez anos sem registo de baixas militares em teatros de guerra.
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Pela primeira vez, foi parada a chegada de urnas de soldados norte-americanos abatidos em zonas de guerra, sobretudo devido ao afastamento determinado por Washington do combate aos rebeldes no Afeganistão e que passou a ser assumido pelas forças locais.
A saída da maioria das tropas dos Estados Unidos do Iraque e também do Afeganistão foi a principal causa para o registo de zero baixas em março e o primeiro período de tranquilidade desde os atentados do 11 de Setembro de 2001, em Nova Iorque e Washington.
O Pentágono não tinha um mês sem mortos em zonas de conflito desde fevereiro de 2003, pouco antes da invasão do Iraque, que ocorreu no mês seguinte.
A última baixa fatal dos Estados Unidos na Operação Liberdade Duradoura, no Afeganistão, aconteceu com a morte do cabo de infantaria Caleb L. Erickson, de 20 anos, abatido em combate a 28 de fevereiro.
Apesar da progressiva retirada dos Estados Unidos, o Iraque mantém níveis elevados de violência sectária e no Afeganistão as forças da NATO presentes no país registaram um morto em combate em março, num período que as forças talibãs aumentam a sua atividade.
Washington mantém 33 mil soldados norte-americanos no Afeganistão, um terço do contingente máximo de cem mil em 2011.
Desde os atentados do 11 de Setembro, os Estados Unidos perderam 2.300 soldados no Afeganistão e 4.500 no Iraque, segundo dados do iCasualties, que compila estatísticas do Departamento de Defensa.