Galyna Akhmadzai conta à TSF aquilo que se está a viver na capital da Ucrânia. Os civis não puderam sair de casa durante 48 horas, mas agora já têm autorização para ir comprar bens de primeira necessidade. As ruas da cidade estão "completamente vazias". A ucraniana confessa que não tem medo e que nunca tinha visto Kiev assim, "sem ninguém", explicando que optou por não sair do país com o objetivo de ajudar os militares ucranianos.
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Galyna Akhmadzai é ucraniana e vive em Kiev. À TSF, revela que estiveram 48 horas sem poder sair de casa. Esta noite foi mais calma, mas ainda assim ouviram-se as sirenes e tiveram que passar algumas horas num abrigo.
"Esta noite ficámos no abrigo. Nós recebemos avisos nos nossos telemóveis e tivemos de ir para o abrigo. Depois ficámos lá até nos avisarem que já não está tão perigoso", disse, sublinhando que a situação está "muito complicada".
"Tivemos 48 horas em que não pudemos sair de casa, porque há muitos sabotadores russos e eles estão por todo o lado", adianta. Apesar do perigo, admite que "não tem medo".
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Segundo Galyna Akhmadzai, ainda não há tanques russos em Kiev. A ucraniana explica que não pretende deixar a capital da Ucrânia. Muitos vizinhos e amigos conseguiram deixar o país, mas Galyna quer ajudar os militares ucranianos, que pediram aos habitantes para manterem a calma.
No primeiro dia de conflito, a ucraniana recorda que houve "muito pânico". As pessoas "começaram a sair, a fazer tráfego e a comprar tudo". "Começou a desestabilizar a situação."
As tropas ucranianas "estão a chamar a atenção" para que não haja pânico. Galyna afirma que não quis sair do país, porque "tinha que ajudar a defesa [ucraniana] a trabalhar".
Galyna Akhmadzai conta que nunca viu Kiev tão deserta, o que chega a ser assustador. No entanto, confessa que se sente feliz por ter sobrevivido a mais uma noite, sendo que esta segunda-feira de manhã receberam autorização para sair de casa para adquirir bens de primeira necessidade.
"Já recebemos um aviso do governador de Kiev a dizer que podemos sair para ir à farmácia e ao supermercado. Ainda não podemos andar de carro. As ruas estão completamente vazias, não têm pessoas. Muita gente saiu da cidade. Nunca vi Kiev assim, não tem ninguém. Às vezes isso assusta. Hoje está um dia muito bom, com sol, estamos muito felizes que sobrevivemos esta noite."
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