As alteração climáticas são apontadas pelos cientistas como a principal causa da subida das temperaturas a nível mundial, segundo os dados do Serviço Copernicus de Mudanças Climáticas.
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Este é o inverno mais quente de que há registo na Europa. A temperatura média para dezembro, janeiro e fevereiro ultrapassou em 1,4 graus o recorde anterior para o inverno, que tinha sido atingido em 2015-2016.
Segundo os dados do Serviço Copernicus de Mudanças Climáticas (C3S) da União Europeia, este inverno tem sido 3,4 graus mais quente do que a média de 1981-2010, para a Europa.
"Ver um inverno tão quente é desconcertante, mas tal não pode ser interpretado isoladamente como uma tendência. As temperaturas sazonais, especialmente fora dos trópicos, variam significativamente de ano para ano", disse o diretor da C3S, Carlo Buontempo, ao jornal britânico The Guardian .
Os cientistas apontam as alterações climáticas como uma das principais causas. Estas temperaturas atípicas têm afetado principalmente a Rússia e outras regiões como o noroeste de África, Irão, Afeganistão, Ásia central e China.
Mas os impactos são sentidos em várias outras zonas. Na Alemanha, houve uma redução nas colheitas de vinho. A Suécia teve de importar neve para assegurar os eventos desportivos, enquanto que, na Antártida, os termómetros assinalaram, pela primeira vez, temperaturas acima dos 20 graus positivos.
O serviço de meteorologia do Reino Unido, Met Office, revelou ao jornal The Guardian que o país atingiu recordes de temperatura no último ano ano, mesmo durante o verão. Um dos casos mais flagrantes aconteceu no dia 25 de julho, em Cambridge, onde os termómetros chegaram a marcar os 38,7 graus.
Também as águas dos oceanos chegaram a temperaturas recorde, conforme referem especialistas britânicos, citados pelo jornal The Guardian.
O ano passado ficou marcado como o segundo ano mais quente de sempre. Os especialistas afirmam que as temperaturas vão subir em 2020, ainda que considerem crucial a luta da emergência climática.
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Conforme avança o jornal The Guardian, o Reino Unido está a organizar um encontro com a ONU em novembro, para debater a redução das emissões de carbono, no sentido de evitar um aumento de três a quatro graus nas temperaturas globais previsto para os próximos anos.