A oposição ao regime de Nicolás Maduro convocou manifestações por toda a Venezuela. O Presidente interino regressa após uma viagem de dez dias a vários países da América Latina.
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O autoproclamado Presidente interino da Venezuela regressou esta segunda-feira a Caracas após uma viagem de dez dias por vários países da América Latina. Juan Guaidó corria o risco de ser detido porque estava impedido de deixar o país devido a uma ordem do Supremo Tribunal de Justiça venezuelano.
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À chegada, no Aeroporto Internacional de Simón Bolívar, Guaidó tinha à sua espera vários diplomatas e embaixadores de países que o reconhecem como Presidente da Venezuela.
Em declarações aos jornalistas, Guaidó referiu que a vontade do povo "está mais forte que nunca", sublinando "o reconhecimento do planeta Terra da necessidade de ajuda humanitária" para os venezuelanos.
"Estamos ao lado da democracia. Seguimos em frente, não temos medo", disse Guaidó, instando os venezuelanos a "ir para rua contra a ditadura".
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Antes, o Presidente interino venezuelano já tinha garantido que estava "a caminho de casa."
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Imagens divulgadas pela televisão venezuelana mostravam embaixadores da Alemanha, Holanda, França, União Europeia, Portugal e outros representantes diplomáticos a aguardar a chegada de Juan Guaidó, no Aeroporto Internacional de Simón Bolívar.
Recorde-se que vários países exigiram ao regime de Maduro que garantisse o regresso "em segurança" de Juan Guaidó ao país. A chefe da diplomacia europeia, Federica Mogherini, declarou no sábado que qualquer ação contra "a liberdade, segurança ou a integridade pessoal" do líder da Assembleia Nacional da Venezuela "representaria uma grande escalada de tensões e mereceria a firma condenação da comunidade internacional".
Os partidos da oposição convocaram para esta segunda-feira dezenas de manifestações contra Nicolás Maduro, que está no poder desde morte de Hugo Chavéz.