Um dos estrategas da campanha de Obama há quatro anos e o vice-diretor da campanha de John McCain em 2008 falaram na Fundação Luso-Americana sobre a atual campanha eleitoral nos EUA.
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Dois estrategas políticos que estiveram envolvidos na campanha para as presidenciais norte-americanas de 2008 trouxeram um pedaço da atual campanha presidencial até à Fundação Luso-Americana, em Lisboa.
Tom McMahon, um dos estrategas da campanha de Barack Obama há quatro anos, acredita que o atual presidente norte-americano vai ser eleito.
«Acho que os eleitores estão à beira de fixar o seu sentido de voto. Já começámos a ver essa tendência nas sondagens. As pessoas pensam que Mitt Romney não está com elas e que o presidente merece um novo mandato», explicou.
Opinião diferente tem Christian Ferry, vice-diretor da campanha de John McCain em 2008, recordou que «há 23 milhões de norte-americanos desempregados e à procura de um emprego melhor».
«Temos um défice público de 16 trilhões de dólares, 5,3 dos quais só durante a administração Obama. O rendimento das famílias caiu durante o mandante de Obama. As pessoas estão preocupadas com o futuro da economia», adiantou.
Para este estratega político, «Barack Obama gosta de dizer que herdou uma economia em crise, mas a questão é saber se as políticas dele fizeram alguma coisa para a recuperar».
«Acho que os norte-amaricamos estão a olhar para trás e a dizer que não», rematou Christian Ferry, um apoiante do republicano Mitt Romney, adversário do democrata Obama nas presidenciais de 6 de novembro.
Por seu lado, Tom McMahon lembrou palavras de Romney feitas à porta fechada, em que o candidato republicano disse que não era o seu papel cuidar dos 47 por cento de eleitores que dependem de ajudas do Estado.
«Os eleitores sabem que quando os políticos falam à porta fechada dizem o que realmente pensam e acho que isso é um reflexo do que Romney realmente defende e é por isso que se está a afastar dos eleitores», adiantou.
Já Christian Ferry acha que estas declarações de Romney não serão decisivas, até porque «tem sido frequente nesta campanha falar-se de casos menores em vez de se focar nos grandes temas».
«Um comentário lateral de um dos candidatos não decide nada, sobretudo, quando temos a economia no estado em que está», argumentou.