Apesar da vontade em regressar a casa o mais depressa possível, as estudantes receiam chumbar no curso que estão a fazer em Istambul se abandonarem o país.
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Quatro estudantes portuguesas de Erasmus, que se encontram em Istambul, querem antecipar o regresso a casa por causa da instabilidade e violência que se vive na Turquia.
Em declarações à TSF, Sofia Rocha, uma destas estudantes, explicou, contudo, que se abandonar a Turquia antes do final do seu contrato de estudos, a 28 de junho, poderá acabar por chumbar e deitar a perder o que já fez.
Esta estudante, junto com as suas três colegas, inscreveram-se, esta segunda-feira, na embaixada portuguesa em Istambul, onde pediram informações sobre a sua situação, mas as respostas foram poucas.
«A informação que nos foi dada foi a mesma que a dada a muitos membros do grupo de Facebook com quem tenho estado em contacto: 'não estejam perto de grandes multidões, não vão para as zonas de confronto'», explicou.
Com a universidade fechada, Sofia Rocha e as colegas foram aconselhadas a ficar em casa pelas enfermeiras do hospital onde estão a tirar o seu curso e que a estudante portuguesa diz ser as únicas pessoas interessadas nas alunas.
Sofia Rocha explicou ainda que as enfermeiras tentaram ligar todo o dia para a coordenadora Erasmus na Turquia, mas sem sucesso, uma situação que leva as alunas portuguesas a querem sair o mais depressa possível deste país.
As estudantes temem o agravamento da violência com a greve dos funcionários públicos anunciada para terça-feira, até porque advinha que serão muitas as pessoas que se vão juntar na praça Taksim e em Besiktas para mostrarem o seu desagrado com a atual situação na Turquia.