Inquérito a residentes de Macau aponta para maior risco de quem vive sozinho sentir ansiedade e insónia.
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Um estudo sobre o impacto da pandemia em Macau concluiu que os solteiros têm mais probabilidades de sofrer de depressão, de ansiedade e insónia, anunciaram esta sexta-feira os investigadores numa conferência de imprensa.
No mesmo estudo, aponta-se um maior risco de sofrer de ansiedade e insónia nas mulheres, um resultado que coincide com estudos anteriores no sudeste asiático sobre a população mais propensa à depressão, devido a fatores biológicos e de contexto social, explicaram.
Os investigadores da Universidade de Macau "descobriram que os participantes [no estudo] que não estavam preocupados com a informação sobre a epidemia, ou tiveram grandes perdas económicas devido à epidemia, bem como aqueles que eram solteiros ou sentiam que a epidemia tinha um grande impacto na sua vida diária, tinham mais probabilidades de sofrer de sintomas de depressão, ansiedade e/ou insónia", salientaram.
A investigação abrangeu 1.005 residentes de Macau e decorreu entre agosto e outubro de 2020.
Os resultados indicaram que "70,1% relataram que a epidemia teve um impacto moderado a severo nas suas vidas diárias, e 7,7% sofreram grandes perdas económicas".
Por outro lado, "em termos de saúde mental, 11,5% e 6,3% relataram ter sofrido sintomas moderados a graves de depressão e ansiedade, respetivamente".
Finalmente, "durante a fase final da epidemia, 26,4% referiram ter sofrido fadiga moderada a severa, e 6,4% sofreram sintomas de insónia moderada a severa", pode ler-se nas conclusões.
Macau é um dos territórios mais seguros do mundo ao nível da pandemia, ao registar apenas 47 casos e nenhuma morte ou qualquer surto local, mas restrições fronteiriças, perda de turistas e prejuízos sem precedentes na indústria do jogo causaram um forte impacto económico e social na cidade.
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