Em comunicado, a organização basca pede ao governo francês para que inicie um «diálogo direto» sobre as consequências do conflito.
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Num comunicado enviado à agência de notícias France Press, divulgado esta quinta feira, a ETA refere que o estado francês esteve «diretamente envolvido» em todo o processo e adianta que «os cidadãos bascos esperam que o governo francês responda de forma positiva a esta possibilidade».
A intenção de arrancar com as conversações é de extrema importância para a ETA, até porque a organização basca já deu sinais de estar preocupada com o que considera uma «política de vingança contra os prisioneiros políticos bascos» que são «colocados nas mãos do estado espanhol através de mandados de detenção europeus».
De resto, a 20 de outubro do ano passado, quando abandonou em definitivo a luta armada, o grupo separatista basco já tinha deixado clara esta mesma intenção.
Ao baixar as armas, a ETA referia a necessidade de encetar diálogo com os governos francês e espanhol.
Desde então, o apelo foi no entanto ignorado por ambos os governos. Em Espanha, o primeiro-ministro Mariano Rajoy descartou qualquer diálogo com o que designou de «organização terrorista».
Em mais de 40 anos de luta armada pela independência do País Basco, as ações da ETA provocaram a morte a cerca de 800 pessoas.