As palavras são de Alberto Amaral. No dia em que Angola comemora 40 anos de independência, a TSF recorda do tempo e olha para o presente e futuro do país com a ajuda de um antigo militar, que esteve ao serviço das Forças Armadas de Portugal.
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Faltavam onze dias para a independência, estávamos a 30 de outubro de 1975. Alberto Amaral partiu de Angola com 28 anos e dois filhos nos braços. Vive cá a pensar na situação de lá. Gostava de voltar? "Eu não gostava, eu gosto todo os dias", atira.
Durante três anos e meio serviu as Forças Armadas portuguesas na terra que o viu nascer, e que viveu uma guerra sem sentido diz Alberto Amaral. Angola é agora um país melhor, mas com áreas a melhorar, nomeadamente ao nível da educação, escolaridade e bem-estar da população. "Angola cresceu muito. Evoluiu. Tem um grande potencial de crescimento, mas também alguma lacunas", explica.
Na casa de Alberto Amaral, Angola está à distância de um telecomando...
"Tenho a televisão ligada todos os dias à Televisão Pública de Angola. Estou lá sempre".
Direitos humanos ou política interna são temas complexos, mas não se esquiva. Alberto Amaral considera que o caminho da democracia é longo, para ser avaliado ao fim de quatro décadas. "Não é em 40 anos que se atingem determinadas metas".
Cedo para balanços, mas tempo suficiente para concluir que na política, em Angola e na vida... "nada é eterno".