A Embaixada dos Estados Unidos em Caracas alertou hoje os cidadãos norte-americanos para a escassez de lugares disponíveis nos voos internacionais a partir da Venezuela.
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Em comunicado, a embaixada norte-americana adverte que «quem viajar para a Venezuela pode prolongar a sua viagem mais tempo do que o previsto, devido à forte redução das operações aéreas».
O comunicado tem lugar depois de a Associação Venezuelana de Companhias Aéreas ter denunciado que a disponibilidade de lugares caiu para menos da metade, desde janeiro último, com relação ao mesmo período do ano anterior.
Desde 2003 que vigora na Venezuela um apertado sistema de controlo cambial que impede a livre obtenção de moeda estrangeira no país e obriga as companhias aéreas a conseguirem autorização prévia para poderem repatriar os capitais gerados pelas suas operações.
Segundo a IATA, a Venezuela «deve atualmente 4,1 mil milhões de dólares (3,05 mil milhões de euros) às companhias aéreas internacionais», relativos à repatriação dos capitais e lucros correspondentes às vendas de bilhetes de avião desde 2012, a qual tem sido dificultada pelas leis cambiais vigentes.
Nessa situação está também a portuguesa TAP e outras 13 transportadoras internacionais.
As dificuldades para repatriar capitais levaram a Air Canada a suspender os voos para Caracas, enquanto a American Airlines e a Lufthansa reduziram significativamente as suas operações.
Por outro lado, a norte-americana United Airlines anunciou que reduzirá, a partir de 17 de setembro, as operações aéreas para a Venezuela, passando a realizar apenas quatro voos semanais entre Miami e Caracas e deixando de voar aos domingos, quartas-feiras e sextas-feiras.
A 30 de julho passado, a Venezuela autorizou as companhias aéreas Ibéria e Delta Airlines a acederem a dólares preferenciais para poderem repatriar capitais gerados pelas suas operações, segundo o ministro do Transporte Aquático e Aéreo, Luís Graterol.