O início das negociações diretas israelo-palestinianas na segunda-feira, pela primeira vez em três anos, foi «produtivo e construtivo», salienta em comunicado o governo dos EUA.
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Num ato simbólico de paz e tolerância, o negociador israelita Tzipi Liyni e o homólogo palestiniano Saeb Erakat sentaram-se lado a lado num jantar em Washington com o secretário de Estado norte-americano, John Kerry, na segunda-feira.
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«Foi um encontro construtivo e produtivo entre as duas partes, que demonstraram boa-fé e seriedade no seu propósito», refere um comunicado do Departamento de Estado norte-americano divulgado depois do jantar, que durou 90 minutos.
Na mesma nota, o governo norte-americano, que está a mediar as negociações israelo-palestinianas, salienta que estas continuarão hoje.
No jantar, Kerry cumprimentou os representantes de Israel e da Palestina, salientando tratar-se de um «momento muito, muito especial», e exortou os mesmos a alcançarem um «compromisso razoável».
No jantar estava também o novo enviado especial norte-americano para as negociações israelo-palestinianas, o embaixador Martin Indyk, e o conselheiro da Casa Branca para o Médio Oriente Phil Gordon.
Após mais de seis décadas de conflito e de várias falhas no relançamento do processo de paz, o Departamento de Estado norte-americano indicou que estas negociações poderão demorar, «pelo menos, nove meses».
O Presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, congratulou-se com a retoma das negociações que classificou como «promissora», alertando, porém, que os dois lados terão de fazer «escolhas difíceis».
As últimas negociações de paz diretas israelo-palestinianas foram suspensas em setembro de 2010, ao fim de três semanas, por a colonização israelita ter continuado em Jerusalém Oriental e na Cisjordânia.