A porta-voz adjunta do Departamento de Estado, Marie Harf, insurgiu-se hoje contra algumas «vozes respeitadas em Israel que se referem ao secretário de Estado e argumentam que apoia o Hamas, o que é ofensivo e absurdo».
Corpo do artigo
Os Estados Unidos têm fornecido a Israel «um apoio de uma amplitude francamente sem precedentes na nossa história, mesmo quando ficámos sós», acrescentou.
Ainda hoje, a Casa Branca também condenou o bombardeamento de uma escola palestiniana da ONU em Gaza que provocou pelo menos 16 mortos, e lamentou que «milhares de palestinianos» forçados a abandonar as suas casas não encontrem segurança nos abrigos disponibilizados pelas Nações Unidas.
«Os Estados Unidos condenam o bombardeamento de uma escola da UNRWA [Agência da ONU para os refugiados palestinianos] em Gaza que terá provocado mortos e feridos entre palestinianos inocentes, incluindo crianças, e funcionários da ONU», indicou Bernadette Meehan, porta-voz do Conselho de segurança nacional, o gabinete de política externa do presidente Barack Obama.
Previamente, o secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, tinha já definido como «escandaloso e injustificável» o bombardeamento da escola da organização na Faixa de Gaza e exigiu «justiça».
«Esta manhã [quarta-feira], uma escola das Nações Unidas que albergava milhares de famílias palestinianas foi alvo de um ataque condenável. É injustificável, devem ser determinadas as responsabilidades e deve ser feita justiça», declarou Ban Ki-moon à chegada ao aeroporto de San José, na Costa rica, onde iniciou uma visita oficial.
«Quero precisar que a localização exata desta escola foi comunicada por 17 vezes às autoridades militares israelitas, designadamente na noite passada, algumas horas antes deste ataque», acrescentou o chefe da ONU.
Mais de 1.300 palestinianos, na grande maioria civis, já foram mortos nos 23 dias de operações militares israelitas na Faixa de Gaza, controlada pelo Hamas.