Dois oficiais da Força Aérea norte-americana responsáveis pelo lançamento de mísseis nucleares intercontinentais em caso de guerra estão a ser investigados por «posse de drogas ilegais», informou a Força Aérea dos Estados Unidos.
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Os dois oficiais, cujos postos não foram revelados, estão estacionados na base de mísseis de Malmstrom, em Montana (noroeste), onde se encontram 150 mísseis intercontinentais, um terço do arsenal de mísseis ICBM dos Estados Unidos.
O inquérito a cargo do Departamento de investigações especiais da Força Aérea está em curso, disse à agência France Presse uma porta-voz da Força Aérea, sem precisar nem a quantidade nem o tipo de droga em causa.
O novo incidente junta-se a uma lista de problemas das forças estratégicas norte-americanas nos últimos meses.
Em outubro, quatro oficiais da Força Aérea, dois dos quais em Malmstrom, foram punidos em dois incidentes diferentes por terem deixado aberta a porta para o local de lançamento da bomba atómica, que deve estar permanentemente fechada.
Em agosto, uma inspeção da Força Aérea considerou «insatisfatória» a unidade responsável pelo controlo dos mísseis intercontinentais em Malmstrom.
Três meses antes, 17 oficiais da base de Minot (Dakota do Norte) tinham ficado sem certificação depois de uma avaliação negativa da sua capacidade para realizarem operações de lançamento.
O "número dois" do comando das forças estratégicas (Stratcom), o vice-almirante Tim Giardan, foi demitido em meados de outubro por ser suspeito de falsificar fichas de casino e, dois dias depois, o major-general Michael Carey, responsável pelos 450 ICBM, foi despedido por problemas ligados ao consumo de álcool.
Numa visita hoje à base de mísseis ICBM de Warren, no Wyoming, o secretário de Defesa, Chuck Hagel, reafirmou que os militares das forças estratégicas «escolheram uma profissão em que não há margem para erro».