A enfermeira contagiada com Ébola em Dallas recebeu, esta segunda-feira, uma transfusão de sangue do médico Kent Brantly, o primeiro paciente tratado nos Estados Unidos e que superou o vírus.
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Nina Pham, de 26 anos, deu entrada na sexta-feira com sintomas de Ébola no Hospital Presbiteriano de Dallas (Texas), onde trabalha como enfermeira e, este domingo, as análises confirmaram o diagnóstico.
A enfermeira fazia parte de uma equipa composta por cerca de 70 pessoas que prestou assistência médica a Thomas Eric Duncan, o cidadão liberiano que morreu na passada quarta-feira no mesmo hospital.
De acordo com os 'media' locais, o hospital pediu, no domingo, a Kent Brantly que doasse sangue a Nina Pham, que recebeu no dia seguinte a transfusão.
Brantly, de 33 anos, foi contagiado com o vírus na Libéria e transferido, a 2 de agosto, para Atlanta, onde ultrapassou o vírus após um tratamento com o soro experimental "ZMapp".
Já tinha doado sangue em duas ocasiões: a primeira ao médico Rick Sacra, infetado na Libéria que também superou o vírus, e a segunda ao operador de câmara Ashoka Mukpo, também contaminado no mesmo país e que se encontra sob quarentena num hospital do Nebraska.
Esta segunda-feira, Mukpo pronunciou-se pela primeira vez desde que foi repatriado, através de uma mensagem no Twitter, na qual disse estar «no caminho da recuperação».
«De novo no Twitter, sinto que a minha saúde está no caminho da recuperação. Continuarei a escrever aqui esta semana. A minha eterna gratidão pelo apoio recebido», escreveu.
O diretor dos Centros de Controlo e Prevenção das Doenças (CDC), Thomas Frieden, reconheceu, no domingo, uma «falha no protocolo», admitindo mesmo a possibilidade de haver mais casos entre os profissionais de saúde que cuidaram de Duncan. «Precisamos de repensar a maneira como podemos controlar a infeção por Ébola porque uma única contaminação é inaceitável», declarou.