EUA entram no conflito: Trump anuncia ataques "bem-sucedidos" contra três instalações nucleares iranianas e diz que, sem paz, haverá "tragédia" maior
O chefe de Estado norte-americano garante que as três instalações nucleares atingidas estão "totalmente destruídas". O primeiro-ministro israelita elogia "decisão corajosa" dos EUA: "Primeiro vem a força, depois vem a paz"
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O Presidente dos EUA reforça o "espetacular sucesso militar" dos ataques levados a cabo em três instalações nucleares iranianas, que diz estarem "totalmente destruídas".
“O nosso objetivo era a destruição da capacidade de enriquecimento nuclear do Irão e pôr fim à ameaça nuclear representada pelo Estado patrocinador número 1 do terrorismo no mundo”, atira.
O chefe de Estado norte-americano apelida ainda o Irão de "bully" do Médio Oriente e afirma que o país deve "fazer a paz", caso contrário, irão deparar-se com uma "tragédia" que irá muito além daquela que está a ocorrer.
As autoridades iranianas afirmam que "não há perigo" para os residentes da cidade de Qom, a sul de Teerão, na sequência do ataque dos Estados Unidos a uma instalação de enriquecimento nuclear situada nas proximidades, enterrada numa montanha.
"Não há perigo para a população de Qom e da área circundante" em torno do local de enriquecimento nuclear de Fordo, disse o departamento de gestão de crises da província num comunicado, de acordo com a agência oficial de notícias IRNA.
Se a paz não chegar rapidamente, iremos atrás desses outros alvos com precisão, rapidez e habilidade.
Lembra que ainda existem "muitos alvos" intactos e que um novo ataque será "maior e mais fácil".
Garante ainda que foi "há muito tempo" que decidiu que não deixaria que os esforços iranianos fossem capazes de criar uma arma nuclear. Argumenta que o Irão era uma ameaça não só para Israel, como para os EUA.
O movimento islamita palestiniano Hamas, no poder na Faixa de Gaza, condenou a “agressão criminosa” dos Estados Unidos contra o seu aliado iraniano, na sequência do ataque americano a várias instalações nucleares em Teerão.
“Condenamos esta agressão criminosa e consideramo-la um exemplo flagrante da política de imposição da hegemonia pela força, uma agressão baseada na lei da selva e uma violação de todas as normas e convenções internacionais”, escreveu o Hamas na sua conta Telegram, denunciando também uma “perigosa escalada”.
O conselheiro do presidente do Parlamento iraniano, Mahdi Mohammadi, assegura que o Irão tinha antecipado o ataque dos EUA à instalação nuclear de Fordow.
“O local já foi evacuado há muito tempo e não sofreu quaisquer danos irreversíveis no ataque”, escreveu Mohammadi numa publicação nas redes sociais.
O Secretário-Geral da ONU, António Guterres, afirmou este domingo que o ataque dos Estados Unidos às instalações nucleares do Irão "ameaça" a paz e a segurança em todo o mundo e apelou a que o mundo evite entrar numa "espiral de caos".
"Trata-se de uma escalada perigosa numa região que já está à beira do abismo e de uma ameaça direta à paz e à segurança no mundo", afirmou António Guterres em comunicado.
"Duas coisas são certas: primeiro, o conhecimento não pode ser bombardeado, e segundo, o jogador vai perder desta vez", atira.
A Organização Iraniana de Energia Atómica afirma que as instalações nucleares de Fordow, Natanz e Isfahan foram “atacadas por inimigos [do Irão] num ato bárbaro que violou o direito internacional, especialmente o Tratado de Não Proliferação Nuclear”.
O primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, agredeceu a "decisão corajosa" de Donald Trump e garantiu que a história vai recordar os atos do Presidente norte-americano como essenciais para travar "uma das armas mais perigosas".
"Primeiro vem a força, depois vem a paz", atira, afirmando que a América provou que "não fica atrás de ninguém".
O líder dos democratas na Câmara dos Representantes repreendeu Donald Trump após os ataques aéreos dos EUA ao Irão, acusando o Presidente de empurrar o país para a guerra.
“O Presidente Trump enganou o país sobre as suas intenções, não conseguiu obter autorização do Congresso para o uso da força militar e arrisca-se a envolver os Estados Unidos numa guerra potencialmente desastrosa no Médio Oriente”, disse o congressista Hakeem Jeffries num comunicado.
O The New York Times avançou este sábado que o ministro iraniano dos Negócios Estrangeiros, Abbas Araghchi, estava na Turquia durante os ataques norte-americanos ao país.
Abbas Araghchi esteve reunido com o Presidente turco, Recep Tayyip Erdogan.
Ainda durante o dia, o governante alertado que uma intervenção dos EUA na guerra tornariam a situação "muito, muito perigosa".
Bernie Sanders critica os ataques dos EUA ao Irão, classificando-os “grosseiramente inconstitucionais”. O senador falou perante uma multidão num evento na cidade de Tulsa.
Face ao anúncio do envolvimento dos EUA no conflito do Médio Oriente, a multidão gritou: “Chega de guerra.”
"Concordo. E quero dizer-vos uma coisa: não só esta notícia que acabo de ouvir é alarmante, que todos vós acabaram de ouvir, como também é grosseiramente inconstitucional", afirma Sanders.
"Todos vós sabeis que a única entidade que pode levar este país à guerra é o Congresso dos EUA. O Presidente não tem esse direito".
O Presidente norte-americano, Donald Trump, manteve conversações com o primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, depois de os militares norte-americanos terem bombardeado três instalações nucleares iranianas, anunciou um alto funcionário da Casa Branca.
Os Estados Unidos também “avisaram Israel antes dos ataques”, disse a mesma fonte à AFP sob condição de anonimato, numa altura em que Washington se juntou à ofensiva de Israel contra o Irão.
Israel elevou o nível de alerta em todo o país: agora apenas são permitidas as chamadas "atividades essenciais" até nova ordem, na sequência do ataque dos EUA ao Irão, de acordo com um comunicado do exército.
“Com a aprovação do ministro da Defesa, Israel Katz, e depois de avaliar a situação, foi decidido que a partir de hoje [domingo às 03h45] [0h45 GMT] todas as áreas do país [serão] transferidas do nível de atividade ‘parcial’ ou ‘limitada’ para ‘atividade essencial’”, o que inclui “a proibição de atividades educativas, reuniões e atividades no local de trabalho, exceto nos sectores essenciais”, refere o comunicado.
O antigo ministro da Defesa israelita Yoav Gallant considera os ataques às instalações nucleares do Irão uma “decisão corajosa” do Presidente dos EUA.
“O mundo é agora um lugar mais seguro”, afirmou Gallant, que é procurado pelo Tribunal Penal Internacional por suspeita de crimes de guerra em Gaza, numa publicação nas redes sociais.
O Presidente norte-americano, Donald Trump, afirma que o Irão “deve agora concordar em acabar” com a guerra com Israel, depois de os Estados Unidos terem bombardeado várias instalações nucleares iranianas.
"Este é um momento histórico para os Estados Unidos, Israel e o mundo. O Irão deve agora concordar em acabar com esta guerra", escreveu Trump na sua plataforma social Truth.
Boa noite! Fique a par dos principais desenvolvimentos deste sábado do conflito Israel-Irão.
O Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, fará um discurso à nação esta noite, às 22h00 locais (03h00 TMG), sobre o ataque norte-americano com bombardeiros contra as três principais instalações do programa nuclear iraniano.
“Farei um discurso à nação às 22h00 na Casa Branca sobre a nossa operação militar muito bem-sucedida no Irão”, anunciou o Presidente na sua rede social Truth Social, pouco depois de ter anunciado o ataque com “uma carga completa de bombas” às instalações nucleares de Fordo, Natanz e Isfahan.
- <p>Os ataques israelitas no Irão mataram mais de 400 pessoas, a maioria civis, desde o início da guerra, a 13 de junho.</p>
- <p>Líder supremo do Irão nomeia possíveis sucessores para o caso de ser morto.</p>
- <p>Exército israelita lança novos ataques a várias zonas no sul do Irão.</p>
- <p>EUA mobilizam bombardeiros em direção ao Pacífico enquanto avaliam participação no conflito.</p>
- <p>Teerão garante que “em nenhuma circunstância” porá fim às atividades nucleares.</p>
- <p>O ministro dos Negócios Estrangeiros israelita estimou que a capacidade do Irão para desenvolver uma bomba nuclear foi "adiada em pelo menos dois ou três anos", após os ataques por Israel a centenas de instalações militares e nucleares.</p>
- <p>Israel anunciou que três comandantes de diferentes corpos da Guarda Revolucionária Iraniana foram mortos em bombardeamentos.</p>
- <p>O Presidente da Rússia, Vladimir Putin, manifestou completo apoio às autoridades iranianas sobre a iniciativa de desenvolverem um programa nuclear, sempre e quando tenha caráter “pacífico”.</p>
- <p>O ministro dos Negócios Estrangeiros turco acusou Israel de arrastar a região para uma "desastre total", no nono dia de guerra com o Irão.</p>
- <p>O Presidente francês, Emmanuel Macron, afirmou que os europeus vão “acelerar as negociações” com o Irão para “sair da guerra e evitar perigos ainda maiores”.</p>
O Exército israelita afirma ter lançado uma nova vaga de ataques na zona de Bandar Abbas, no sul do Irão, visando locais de armazenamento de drones e uma instalação de armamento. Os meios de comunicação social iranianos falam também em ataques à cidade de Shiraz, que alberga bases militares.
“As defesas antiaéreas de Shiraz foram ativadas em algumas áreas da cidade e têm lutado contra alvos hostis e aeronaves sionistas”, informou a agência noticiosa Mehr.
A agência noticiosa iraniana Tasnim afirmou igualmente que as defesas aéreas estavam ativas no sul do país depois de terem detetado aviões israelitas em Bandar Lengeh e Bandar Abbas, um importante porto no sul do Irão, no Estreito de Ormuz.
Há mais de uma semana que Israel tem vindo a realizar vagas de ataques aéreos contra alvos iranianos, no pior confronto entre os dois arqui-inimigos até à data. O Irão ripostou com vagas de mísseis balísticos apontados a cidades israelitas, tendo um hospital, blocos de apartamentos e uma refinaria sido atingidos pelos contra-ataques.
Um outro ataque israelita atingiu também este sábado uma base militar na província de Qom, a sul de Teerão, ferindo uma pessoa, de acordo com os media iranianos.
"Há poucos minutos, uma das bases militares evacuadas (...) foi atingida por projéteis do regime sionista", na província de Qom, informou a agência de notícias iraniana ISNA, citando um comunicado oficial da província. Outra agência, a Tasnim, reportou um ferimento.
Aviões bombardeiros B-2 descolaram de uma base nos Estados Unidos da América (EUA) em direção ao Pacífico, enquanto o Presidente norte-americano está a avaliar a participação na ação militar desencadeada por Israel contra o Irão, segundo várias fontes.
Vários B-2, bombardeiros estratégicos furtivos capazes de transportar as poderosas bombas antibunker GBU-57, descolaram nas últimas horas da base aérea de Whiteman, no centro do estado do Missouri, e foram avistados na costa da Califórnia, acompanhados por aviões-tanque, de acordo com o jornal The New York Times e páginas de monitorização do tráfego aéreo.
O destino dos aviões – aparentemente acompanhados por aviões-tanque, para reabastecimento em voo – não é conhecido, mas, de acordo com o jornal, estão a dirigir-se para a ilha de Guam, um território americano no Pacífico que abriga instalações militares.
Questionado pela agência francesa AFP, o Pentágono (Departamento da Defesa norte-americano) encaminhou o assunto para a Casa Branca (presidência), que ainda não respondeu.
O The New York Times assinala que a mobilização destes aviões não implica necessariamente que o Presidente Donald Trump já tenha tomado uma decisão, já que realocar ativos militares não é incomum.
Especialistas concordam que apenas os Estados Unidos têm capacidade para destruir as instalações nucleares do Irão, profundamente enterradas no subsolo.
A GBU-57, uma ogiva de 13 toneladas, é capaz de penetrar dezenas de metros de profundidade, antes de explodir.
O Presidente do Irão disse hoje que “em nenhuma circunstância” a República Islâmica porá fim às atividades nucleares, sublinhando que o regime de Teerão está disposto a negociar, mas reivindicando o direito de as prosseguir com fins pacíficos.
Ao nono dia de conflito entre Israel e Irão, Masoud Pezeshkian disse, numa conversa telefónica com o Presidente francês, Emmanuel Macron, que o Irão está disposto a "dialogar e cooperar", mas não admite “reduzir as atividades nucleares a zero” e que esse direito não lhe pode ser retirado “por ameaça ou guerra”.
Citado pela agência iraniana IRNA, Pezeshkian lembrou que “o Irão sempre disse estar disponível para fornecer garantias e instaurar a confiança no que diz respeito às suas atividades nucleares pacíficas, no quadro do direito internacional”.
No mesmo telefonema, ocorrido após uma reunião, na sexta-feira, em Genebra, entre os chefes da diplomacia de França, Reino Unido e Alemanha, a Alta Representante para os Negócios Estrangeiros da União Europeia (UE), Kaja Kallas, e o ministro dos Negócios Estrangeiros iraniano, Abbas Araqchi, e a sua equipa, Emmanuel Macron afirmou que os europeus vão “acelerar as negociações” com Teerão.
"Estou convencido de que existe uma via para sair da guerra e evitar perigos ainda maiores”, transmitiu o Presidente francês, na rede social X, realçando que "o Irão nunca deverá ter armas nucleares” e que lhe cabe “dar todas as garantias de que as suas intenções são pacíficas".
O líder supremo do Irão, Ayatollah Ali Khamenei, terá nomeado três possíveis sucessores a partir de um bunker onde está escondido para o caso de morrer num ataque israelita ou norte-americano, noticiou hoje o The New York Times.
O jornal, que cita três funcionários iranianos familiarizados com a situação, afirma que Khamenei, de 86 anos, deu instruções à Assembleia de Peritos do seu país, o órgão clerical responsável pela nomeação do líder supremo, para escolher rapidamente o seu sucessor de entre os três clérigos de alto nível que propôs.
A sucessão na república islâmica é um processo delicado, mas o aiatola quer assegurar uma transição rápida e ordenada para preservar o seu legado no meio da guerra com Israel, acrescenta o jornal.
O líder supremo é o comandante chefe das Forças Armadas e dirige os poderes executivo, legislativo e judicial, além de ser a mais alta autoridade religiosa do xiismo, o ramo maioritário do Islão no Irão.
O Presidente francês, Emmanuel Macron, afirmou este sábado que os europeus vão “acelerar as negociações” com o Irão para “sair da guerra e evitar perigos ainda maiores”, após uma chamada com o Presidente iraniano, Masoud Pezeshkian.
"Estou convencido de que há uma forma de sair da guerra e evitar perigos mais graves. Para isso, vamos acelerar as negociações iniciadas pela França e pelos seus parceiros europeus com o Irão", disse Macron na rede social X, após a conversa telefónica com Pezeshkian.
O chefe de Estado avisou o seu homólogo de que “o Irão [nunca] deverá ter armas nucleares” e terá de “dar todas as garantias de que as suas intenções são pacíficas”.
O PS quer saber se o Governo foi notificado pelas autoridades norte-americanas sobre os aviões reabastecedores que se encontram na Base das Lajes, nos Açores, e se tenciona partilhar com os maiores partidos da oposição as razões deste movimento.
“Aquilo que o PS quer saber, é se o Governo português tem conhecimento desse movimento, se foi notificado pelas autoridades americanas desse mesmo movimento, e se tenciona, como foi sempre da praxe, dar conhecimento quer aos maiores partidos políticos, a nível nacional, naturalmente, quer à própria população sobre a razão e a causa deste mesmo movimento”, sustentou Francisco César, deputado e líder do PS/Açores, em declarações à Lusa.
Em causa está a presença de mais de uma dezena de aviões reabastecedores da Força Aérea norte-americana na Base Aérea das Lajes, utilizada militarmente pelos Estados Unidos da América no âmbito de um acordo de cooperação.
Os ataques israelitas no Irão mataram mais de 400 pessoas, a maioria civis, desde o início da guerra, a 13 de junho, de acordo com um novo balanço divulgado este sábado pelo Ministério da Saúde iraniano.
"Ataques israelitas causaram a morte de mais de 400 iranianos e feriram outros 3056", escreveu o porta-voz do Ministério da Saúde, Hossein Kermanpour, na rede social X, depois de outra fonte do Governo referir 430 mortos.
Por seu turno, a porta-voz do Governo iraniano, Fatemeh Mohajerani, disse na televisão estatal que entre os mortos há 54 mulheres e crianças.
O ministro dos Negócios Estrangeiros turco, Hakan Fidan, acusou este sábado Israel de arrastar a região para uma "desastre total", no nono dia de guerra com o Irão.
"Israel está agora a arrastar a região para a beira do desastre total ao atacar o Irão, nosso vizinho", disse o chefe da diplomacia turca numa cimeira da Organização de Cooperação Islâmica (OCI), em Istambul.
"Não existe um problema palestiniano, libanês, sírio, iemenita ou iraniano, mas existe claramente um problema israelita", afirmou Hakan Fidan, apelando ao fim da "agressão sem limites" contra o Irão.
"Temos de evitar que a situação degenere numa espiral de violência que ponha em causa a segurança regional e mundial", acrescentou o ministro turco perante dezenas de homólogos dos países membros da OCI.
O Presidente da Rússia, Vladimir Putin, manifestou este sábado completo apoio às autoridades iranianas sobre a iniciativa de desenvolverem um programa nuclear, sempre e quando tenha caráter “pacífico”.
“O Irão tem direito a desenvolver programas para o uso de tecnologias nucleares com fins pacíficos”, declarou Putin, em entrevista à Sky News Arabia.
"Como em anos anteriores, a Rússia está disposta a dar a assistência e o apoio necessários para isso”, acrescentou.
Israel anunciou este sábado que três comandantes de diferentes corpos da Guarda Revolucionária Iraniana foram mortos em bombardeamentos, segundo informações militares e de defesa israelitas.
O ministro da Defesa israelita, Israel Katz, anunciou em comunicado a morte de Saeed Izadi, que identificou como o comandante do subgrupo palestiniano da Força Quds, ramo de elite da Guarda Revolucionária Iraniana, que dirige as operações no estrangeiro.
Izadi foi morto durante um bombardeamento aéreo do seu apartamento em Qom, uma cidade situada a cerca de 156 quilómetros a sudoeste de Teerão.
Izadi "financiou e armou o Hamas" na preparação dos atentados de 07 de outubro de 2023", disse Katz, chamando à sua morte "justiça para os mortos e raptados".
Além disso, o Exército israelita também anunciou, horas antes, a morte, esta manhã, de Aminpour Joudaki, que identificou como o comandante de uma brigada de drones da Guarda Revolucionária Iraniana.
"No âmbito das suas funções, Aminpour Joudaki conduziu centenas de ataques com drones contra o território israelita a partir da região de Ahvaz, no sudoeste do Irão", refere o comunicado militar.
O Exército afirma que Joudaki assumiu "um papel fundamental" nas operações com drones após o assassínio do seu antecessor, Taher Pour, na sexta-feira, 13 de junho, quando Israel lançou o primeiro ataque contra o Irão.
O Exército israelita também confirmou hoje a morte, num atentado à bomba contra o seu veículo no oeste do Irão, de Behnam Shahriyari, comandante da Unidade de Transferência de Armas da Força Quds, que acusou de liderar transferências de armas e de "centenas de milhões de dólares por ano" para outras milícias através das suas ligações na Turquia e no Líbano.
O ministro dos Negócios Estrangeiros israelita estimou que a capacidade do Irão para desenvolver uma bomba nuclear foi "adiada em pelo menos dois ou três anos", após os ataques por Israel a centenas de instalações militares e nucleares.
Numa entrevista ao jornal alemão Bild, a publicar este sábado, o ministro Gideon Saar afirma que o resultado da ofensiva israelita, desencadeada há uma semana, é "muito significativo" no sentido de impedir a República Islâmica de se tornar numa potência nuclear.
"Creio que, de acordo com a avaliação que nos foi dada, já atrasámos em pelo menos dois ou três anos a capacidade do Irão para desenvolver uma bomba nuclear", afirmou o chefa da diplomacia israelita.
Alegando que o Irão estava prestes a desenvolver uma bomba atómica, Israel lançou um ataque aéreo maciço e sem precedentes contra o seu principal rival regional no dia 13 de Junho, atingindo centenas de instalações militares e nucleares e matando os principais oficiais militares e cientistas nucleares do país.
"O facto de termos eliminado estas pessoas que lideravam e impulsionavam o desenvolvimento de armas dentro do programa nuclear é extremamente importante", disse Gideon Saar.
A polícia da província iraniana de Qom anunciou este sábado a detenção de 22 pessoas acusadas de “espionagem” a favor de Israel, em oito dias de guerra com Israel, informou a agência noticiosa Fars.
Desde os primeiros ataques israelitas, a 13 de junho, “22 pessoas foram identificadas e detidas por serem acusadas de estarem ligadas aos serviços de espionagem do regime sionista e de perturbarem a opinião pública”, declarou a agência, citando o chefe dos serviços secretos da polícia da província central do país.
Na quinta-feira, Kiumars Azizi, comandante da polícia no oeste de Teerão, foi citado pela agência noticiosa Tasnim como tendo anunciado a detenção de 24 pessoas “que espiavam para o inimigo sionista, tanto ‘online’ como ‘offline’, e que procuravam perturbar a opinião pública e manchar e destruir a imagem do sistema sagrado da República Islâmica do Irão”.
Na sexta-feira, a Tasnim noticiou a detenção de um cidadão europeu, que apresentou como “espião”, sem especificar a nacionalidade nem a data da detenção.
O Irão prende regularmente indivíduos identificados como espiões e tem acusado Israel, mesmo antes do início do conflito, de estar por detrás de assassinatos ou sabotagens relacionadas com o seu programa nuclear.
