Ainda antes do conflito, "16 milhões de pessoas precisavam de ajuda humanitária", salienta a diretora da Agência dos Estados Unidos da América para o Desenvolvimento Internacional.
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Os Estados Unidos enviaram uma equipa de resposta a desastres para o Quénia para coordenar a entrega de ajuda ao Sudão, no seguimento do impacto do reinício dos combates na deterioração da situação humanitária.
A diretora da Agência dos Estados Unidos da América para o Desenvolvimento Internacional, Samantha Power, disse que Washington "está a mobilizar-se para aumentar a assistência ao povo do Sudão, preso entre fações em confronto" e acrescentou que esta equipa de resposta "coordenará a resposta humanitária para aqueles que precisem dela, dentro e fora do Sudão".
A equipa "vai operar a partir do Quénia na fase inicial de resposta", afirmou a responsável, citada pela agência Europa Press, sublinhando que esta equipa "está a trabalhar com a comunidade internacional e os parceiros internacionais para identificar as necessidades prioritárias e ver como entregar assistência humanitária vital aos que mais dela necessitam".
Os civis que estão "presos nas suas casas não têm acesso a medicamentos de que necessitam desesperadamente e enfrentam a perspetiva de uma escassez prolongada de energia, água e alimentos, e os que tentam fugir enfrentam a violência nas ruas", disse Samantha Power.
Lamentando os "quase 16 milhões de pessoas que já precisavam de ajuda humanitária para satisfazer as suas necessidades básicas mesmo antes do estalar da violência", a responsável lembrou que "os EUA foram o maior fornecedor de ajuda humanitária ao Sudão durante mais de um quarto de século" e garantiu que "esse compromisso é inquebrável".
Desde 15 de abril que se registam violentos combates no Sudão, num conflito que opõe forças do general Abdel Fattah al-Burhan, líder do país desde o golpe de Estado de 2021, e um ex-adjunto que se tornou um rival, o general Mohamed Hamdan Dagalo, que comanda o grupo paramilitar Forças de Apoio Rápido (RSF, na sigla em inglês).
O balanço provisório dos confrontos indica que há mais de 420 mortos e 3700 feridos, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS).