Os Estados Unidos gastaram, em 2012, 13.708 milhões de euros no cumprimento de leis de imigração e na vigilância fronteiriça, mais 24% do que no combate a outros delitos.
Corpo do artigo
O relatório divulgado ontem pelo Instituto de Política Migratória, citado pela agência Efe, revela que os fundos foram destinados aos departamentos aduaneiros e de proteção fronteiriça, de imigração e a um programa do Departamento de Segurança Nacional, responsável pelas impressões digitais e outros dados dos estrangeiros que visitam o país.
Por outro lado, o Governo gastou cerca de 14.400 milhões de dólares (10.966 milhões de euros) nas restantes agências federais encarregadas de combater a criminalidade, como o FBI, DEÃ, Serviços Secretos ou Departamento de Controlo do Álcool, Tabaco e Armas de Fogo, refere o documento.
Desde 1986, altura em que o Governo colocou em marcha uma "amnistia" para os indocumentados, os Estados Unidos gastaram aproximadamente 186.800 milhões de dólares (142.269 milhões de euros) em medidas policiais contra a imigração ilegal, de acordo com o relatório intitulado "Aplicação da lei nos Estados Unidos: o aparecimento de uma máquina formidável".
A vigilância das fronteiras, sobretudo a sudoeste, é «o elemento mais financiado e publicitado» do Governo, para o qual Washington tem vindo a definir «históricos aumentos em termos de recursos».
O aumento de recursos incluiu «subidas drásticas» para a patrulha fronteiriça, cujo número de agentes duplicou nos últimos sete anos para 21.370 efetivos.
Mais de quatro milhões de estrangeiros, grande parte em situação irregular, foram deportados desde 1990, passando de pouco mais de 30.000 naquele ano para quase 400.000 em 2011, acrescenta o documento.
O relatório destaca ainda uma diminuição nas detenções efetuadas na zona fronteiriça desde 2000, reflexo de um enfraquecimento da economia norte-americana, do reforço da vigilância fronteiriça e da mudança dos fatores que incentivam a imigração ilegal a partir do México.
No ano fiscal de 2011, foram detidas 340.252 pessoas, um quinto do total registado em 2000 e o número mais baixo desde 1970, segundo o texto, que indica que no exercício de 2012 foram deportadas 409.849 pessoas.