O procurador militar Joe Marrow descreveu o soldado que transmitiu milhares de documentos para o Wikileaks como um traidor, que «tentou «explorar as falhas de um sistema imperfeito».
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A justiça militar dos EUA exigiu, esta segunda-feira, uma pena «não inferior a 60 anos de prisão» para Bradley Manning, o soldado acusado de transmitir vários milhares de documentos secretos para o portal Wikileaks.
«Temos de nos assegurar que nunca mais veremos um tal circo», afirmou o procurador militar Joe Morrow, que Manning foi um traidor, que tentou «explorar as falhas de um sistema imperfeito».
«Quando traímos num país, não merecemos a clemência do tribunal. Não há desculpa», acrescentou o procurador militar norte-americano.
Por seu lado, o advogado do soldado de 25 anos considerou que o governo norte-americano quer que Manning «apodreça na prisão».
David Coombs fustigou ainda a acusação ao entender que esta «não se interessa em mais nada que não a punição» e que não pretende a reinserção de um «jovem», «humanista», «muito inteligente», «ingénuo certamente, mas bem intencionado».
«Ele acreditava verdadeiramente e sinceramente que essas informações fariam a diferença e ele não pensava que essas viriam a prejudicar os EUA», acrescentou o advogado civil de Manning.