O vice-presidente dos Estados Unidos reuniu-se, na Colômbia, com o Presidente interino da Venezuela e reafirmou a Juan Guaidó que os norte-americanos estão 100% a seu lado. Também, esta segunda-feira, os Estados Unidos sancionaram quatro governadores, entre eles, um luso-venezuelano.
Corpo do artigo
O vice-presidente dos Estados Unidos reuniu-se, na Colômbia, com o Presidente interino da Venezuela.
Mike Pence reafirmou a Juan Guaidó que os Estados Unidos estão 100% a seu lado.
Segundo fontes do governo norte-americano, Mike Pence está na Colômbia, esta segunda-feira, para procurar novas formas de pressionar Nicolas Maduro a sair do poder, bem como a encontrar soluções para a entrada de ajuda humanitária na Venezuela.
O Presidente da Colômbia apelou, por seu lado, à comunidade internacional para apoiar Juan Guaidó, pedindo a este que faça tudo para "evitar mais sangue", referindo-se aos confrontos de sábado, na fronteira entre a Venezuela e a Colômbia.
EUA sancionam quatro governadores entre eles um luso-venezuelano
Entretanto, o Departamento do Tesouro dos Estados Unidos decretou, esta segunda-feira, sanções contra quatro governadores estaduais venezuelanos, entre eles um luso-descendente, aos quais acusa de "corrupção endémica" e de "bloquear a entrega de ajuda humanitária" na Venezuela.
Num comunicado o Tesouro norte-americano explica que se trata de "quatro funcionários alinhados com o regime ilegítimo" do Presidente Nicolás Maduro, que governam os Estados venezuelanos de Apure e Zúlia (fronteiriços com a Colômbia), e Carabobo e Vargas, onde estão os principais portos marítimos do país.
As sanções, explica o documento, "têm como alvos governadores envolvidos em corrupção endémica e em bloquear a entrega de ajuda humanitária crítica, agravando assim o curso da crise humanitária causada pelo ilegítimo regime de Nicolás Maduro".
"As tentativas ilegítimas do regime de Maduro para bloquear a ajuda internacional, destinada ao povo venezuelano, são vergonhosas", sustenta.
As sanções afetam o governador luso-descendente Jorge Luís Garcia Carneiro, que, segundo o Departamento do Tesouro, dirige desde 2008 o Estado de Vargas (20 quilómetros a norte de Caracas), mas que entre 2003 e 2004 foi chefe do Exército venezuelano, e ministro da Defesa (2004-2006). Foi ainda ministro do Desenvolvimento Social e da Participação Popular e em janeiro de 2019 recusou reconhecer o autoproclamado presidente interino da Venezuela, Juan Guaidó.
Também Omar José Prieto Fernandez, governador do Estado de Zulia desde 2017, fronteiriço com a Colômbia, um conhecido "hub" para o crime organizado, onde são frequentes o tráfico de droga e o assassinato.
Outro alvo das sanções dos EUA é Ramón Alonso Carrizalez Rengifo (Carrizalez), governador do Estado venezuelano de Apure, também fronteiriço com a Colômbia. Em 2008 foi vice-presidente da Venezuela, e entre 2009 e 2010 ministro da Defesa. Carrizal é acusado de reprimir atores democráticos.