Numa carta enviada ao Congresso, os EUA reconhecem também que assassinaram o imã Anwar al-Awlaki, líder religiosos considerado o bin Laden da Internet.
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Os Estados Unidos reconheceram esta quarta-feira, pela primeira vez, ter morto quatro cidadãos norte-americanos, no decurso de operações de contra-terrorismo realizadas no Iémene e Paquistão, países onde os EUA realizam regularmente ataques com drones.
Esta revelação surge na véspera do presidente dos Estados Unidos discursar sobre segurança nacional e política contra o terrorismo, incluindo o uso de drones
Numa carta enviada ao Congresso, o procurador geral Eric Holder nomeia os quatro cidadãos e inclui no grupo o nome do imã Anwar al-Awlaki, morto em 2011.
O líder religioso muçulmano tinha dupla nacionalidade, norte-americana e iemenita, e era descrito pela televisão Al Arabiya como o bin Laden da Internet, meio que usaria para recrutar novos talentos extremistas.
Na missiva, Holder confirma que o ataque a Anwar al-Awlaki foi deliberado.
Os outros três cidadãos mortos eram o sobrinho de Awlaki, Abdulrahman, Samir Khan, um americano de origem paquistanesa, e Jude Kenan Mohammed, acusado da prática de terrorismo em 2009.
No documento enviado ao Congresso, Holder não especifica, no entanto, como é que estes norte-americanos foram mortos, apesar de, em situações anteriores, oficiais norte-americanos terem admitido que os três cidadãos foram mortos na sequência de ataques com drones.