Os Estados Unidos, que estão a estudar a eventual realização de ataques aéreos contra o Estado Islâmico na Síria, rejeitaram hoje qualquer coordenação com o regime de Bashar al-Assad na luta contra os jihadistas ultra-radicais.
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«Não existe nenhum projeto de coordenação com o regime de Assad nesta altura em que enfrentamos esta ameaça terrorista», declarou o porta-voz da Casa Branca, Josh Earnest.
A posição da administração norte-americana surge depois de o regime de Damasco ter manifestado disponibilidade para cooperar com a comunidade internacional, incluindo com os Estados Unidos, na luta contra os 'jihadistas', ressalvando, no entanto, que qualquer ação naquele território terá de ser feita em cooperação com as forças sírias, sob o risco de ser considerado como uma «agressão».
Em reação a estas declarações, Josh Earnest frisou que os Estados Unidos não reconhecem sequer Bashar al-Assad como o representante legítimo do povo sírio.
Os Estados Unidos anunciaram na segunda-feira que o Presidente Barack Obama tinha autorizado, no fim de semana, a realização de voos de reconhecimento sobre a Síria, um possível primeiro passo para a realização de ataques aéreos contra as posições jihadistas naquele país.
O porta-voz da Casa Branca afirmou, como já o tinha feito numa declaração na segunda-feira, que Obama ainda não tomou qualquer decisão, nesta fase, sobre eventuais raides na Síria.
Os Estados Unidos, que desde 08 de agosto realizaram uma centena de ataques aéreos contra as posições do Estado Islâmico no norte do Iraque, têm vindo a assumir nos últimos dias a possibilidade de alargar estes raides à vizinha Síria, depois da execução em território sírio do jornalista norte-americano James Foley, onde estava sequestrado desde novembro de 2012, por combatentes daquele grupo sunita ultra-radical.