A Agência Europeia para a Segurança na Navegação Aérea referiu hoje que a nuvem de cinzas na sequência da erupção do vulcão Grimsvotn não deverá afectar o resto do espaço aéreo europeu, nem os voos transatlânticos.
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Os responsáveis da Eurocontrol anunciaram, através da rede social Twitter, que o espaço aéreo islandês permanecerá fechado de forma temporária.
A Eurocontrol acrescentou que irá discutir o impacto da erupção do Grimsvotn e possíveis medidas para a gestão do tráfego aéreo em coordenação com os centros vulcânicos de Londres e Toulouse (França).
Os principais aeroportos internacionais da Islândia foram encerrados hoje as 8h30 locais (9:30 em Lisboa) devido a nuvem de cinzas e fumo que já atinge uma altitude de mais de 15 quilómetros, anunciou a porta-voz da autoridade aeroportuária da Islândia (ISAVIA).
O encerramento do espaço aéreo islandês deverá continuar em vigor «pelo menos nas próximas horas», precisou Hjordis Gudmundsdottir, citada pelas agências.
De acordo com esta responsável, será feito um novo ponto de situação as 12h00 locais (mais uma hora em Lisboa).
Apesar do encerramento do espaço aéreo islandês, a ISAVIA e cientistas acreditam que a erupção do Grimsvotn, o vulcão mais activo da Islândia, não irá provocar o caos nos transportes aéreos, tal como aconteceu em 2010 com as erupções do Eyjafjallajokul.
A nuvem de cinzas e fumo já cobre uma boa parte do país, mas não se dirige à Europa, explicou Hjordis Gudmundsdottir.
Relatos de residentes na zona do vulcão descrevem colunas de fumo que podem ser vistas de vários locais da região sul da Islândia.
Localizado no glaciar Vatnajokull, o vulcão Grimsvotn registou as maiores erupções em 1922, 1933, 1934, 1938, 1945, 1954, 1983, 1998 e em 2004, sendo que a maioria das erupções prolongou-se entre uma e três semanas.
No ano passado, a nuvem de fumo e cinzas do vulcão Eyjafjallajokul levou ao encerramento do espaço aéreo europeu durante cinco dias e afectou milhões de passageiros.