
Jean-Claude Juncker (E) e Jeroen Dijsselbloem (D)
Reuters/Laurent Dubrule
O Eurogrupo realiza hoje a primeira reunião de 2013, que fica marcada pela saída do presidente, Jean-Claude Juncker. O holandês Jeroen Dijsselbloem é o senhor que se segue.
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A sucessão de Jean-Claude Juncker é o ponto central da agenda da reunião do Eurogrupo que hoje se realiza em Bruxelas, mas dificilmente o assunto ficará resolvido esta segunda-feira.
A França não deve aceitar passar um "cheque em branco" ao único candidato anunciado à sucessão de Junker e vai exigir uma série de garantias a Jeroen Dijsselbloem, o holandês que quer ser o próximo senhor Zona euro.
Jeroen Dijsselbloem é formado em economia agrícola, tem 46 anos, acumula dez anos de experiência parlamentar e integra, desde há dois meses, o executivo de Mark Rute como ministro das Finanças.
Dijsselbloem conta com o apoio de Berlim, mas a decisão terá de ser consensual. Uma fonte comunitária adiantou à TSF que a França está muito reticente em apoiar o ministro holandês. Exemplo disso, é a carta de compromisso e de trabalhos que o ministro francês das Finanças exigiu a Dijsselbloem.
É algo que a França já tinha feito quando Jean-Claude Juncker foi eleito. Na altura, Paris conseguiu protelar a decisão. Por isso, esta fonte do Eurogrupo afirma que o mesmo pode acontecer desta vez.
Jeroen Dijsselbloem considera compreensível a exigência do ministro francês e manifestou satisfação e vontade de apresentar o documento, já na reunião desta segunda-feira, mostrando que está determinado em sair de Bruxelas como presidente do Eurogrupo.
Num encontro em que, pela primeira vez desde há muito tempo, a Grécia não é o centro das atenções, não são esperadas quaisquer decisões sobre os programas de assistência em curso, ou em vias de serem adotados (caso de Chipre).