Os ministros das Finanças da zona euro (Eurogrupo) voltam a reunir-se hoje para tentarem chegar a acordo para desbloquear o desembolso de 31,2 mil milhões de euros de ajuda para a Grécia.
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É um género de prolongamento para desempatar posições, com uma contagem decrescente em marcha para evitar a falência da Grécia.
A primeira parte desta reunião terminou com uma guerra aberta entre a Diretora do FMI e o Presidente do Eurogrupo.
Christine Lagarde e Jean-Claude Juncker não se entenderam sobre o futuro da dívida grega, manifestaram posições divergentes e o tema voltará hoje a estar em cima da mesa do debate.
A zona euro defende o alargamento, em dois anos, do prazo para que os gregos reduzam a dívida pública para 120 por cento do PIB. Já o FMI entende que esta meta deve ser atingida, tal como previsto, em 2020.
Em Bruxelas, os negociadores esperam que um acordo seja alcançado para evitar a falência de Atenas, que teria consequências em toda a Zona Euro, segundo a posição defendia na segunda-feira pelo ministro alemão das Finanças, em Berlim.
Mas, a possibilidade do Eurogrupo falhar um acordo também não está afastada. O Governo grego terá de demonstrar que o plano recentemente aprovado em Atenas garante a sustentabilidade da dívida pública e terá de dar um sinal forte de compromisso para pôr em prática o plano já aprovado, que envolve cortes drásticos na despesa, para assim obter o aval dos parceiros europeus para a libertação dos 31 mil e 500 milhões de euros da primeira parcela do segundo resgate à Grécia.