A Áustria e a Alemanha já tinham anunciado que iriam abrir as fronteiras comuns e 15 de junho.
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Cinco países da Europa central (Alemanha, Áustria, Hungria, República checa e Eslováquia) poderão reabrir as suas fronteiras em meados de junho, anunciaram hoje os seus representantes após duas teleconferências.
A Alemanha regista um número relativamente baixo de mortos relacionados com a pandemia de covid-19, enquanto os restantes quatro países se incluem entre os mais bem-sucedidos na União Europeia (UE) no combate à sua propagação.
"Pensamos que podemos criar um 'mini-Schengen' permitindo que as pessoas viagem sem controlo nas fronteiras, sem testes ou quarentena, em meados de junho", disse o chefe da diplomacia checa, Tomas Petricek, após o contacto com os homólogos austríaco e eslovaco.
A Áustria e a Alemanha já tinham anunciado que iriam abrir as fronteiras comuns e 15 de junho.
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"Se o fazem... seria agradável abrir as fronteiras com a Alemanha, Áustria, Hungria, e esperemos a Eslováquia, também em 15 de junho", disse o primeiro-ministro checo, Andrej Babis.
No âmbito do Grupo de Visegrado, o responsável checo manteve conversações por videoconferência com os seus homólogos húngaro, polaco e eslovaco, e ainda com a chanceler Angela Merkel.
No entanto, o Ministério do Interior do 'Land' (Estado regional) alemão da Baviera, Joachim Herrman, disse hoje que ainda não foi tomada qualquer decisão e que tudo dependerá da propagação do coronavírus nos próximos dias.
Todos os cinco países envolvidos aliviaram recentemente as restrições impostas para conter a pandemia.
Petricek sublinhou que serão necessárias novas conversações, revelando que a Eslováquia, o país deste grupo que regista menos mortes por habitante, vai permanecer prudente sobre a reabertura das fronteiras.
Na segunda-feira, o ministro checo anunciou que a partir de 21 de maio os seus cidadãos poderão efetuar visitas de 24 horas a oito países sem efetuar testes ou serem colocados em quarentena.
O governante acrescentou ainda que gostaria de associar a Polónia ao grupo dos cinco que devem reabrir as suas fronteiras em meados de junho.
"O primeiro-ministro polaco disse que a situação no seu país ainda não permite que seja aplicada de momento", precisou o seu homólogo checo.
A nível global, segundo um balanço da agência de notícias AFP, a pandemia de covid-19 já provocou mais de 318 mil mortos e infetou mais de 4,8 milhões de pessoas em 196 países e territórios.
Mais de 1,7 milhões de doentes foram considerados curados.
Os Estados Unidos são o país com mais mortos (90.369) e mais casos de infeção confirmados (mais de 1,5 milhões).
Seguem-se o Reino Unido (35.341 mortos, quase 249 mil casos), Itália (32.169 mortos, mais de 226 mil casos), França (28.239 mortos, cerca de 180 mil casos) e Espanha (27.778 mortos, mais de 232 mil casos).
A Rússia, com menos mortos do que todos estes países (2.722), é, no entanto, o segundo país do mundo com mais infeções (quase 300 mil).
Por regiões, a Europa soma mais de 167 mil mortos (mais de 1,9 milhões de casos), Estados Unidos e Canadá mais de 96.300 mortos (mais de 1,5 milhões de casos), América Latina e Caribe mais de 30.600 mortos (quase 550 mil casos), Ásia mais de 12.600 mortos (cerca de 375 mil casos), Médio Oriente perto de 8.300 mortos (mais de 2908 mil casos), África mais 2.800 mortos (mais de 88.200 casos) e Oceânia com 128 mortos (mais de 8.400 casos).