O diretor da agência de polícia europeia, Rob Wainwright, explicou que o grupo extremista desenvolveu a capacidade de lançar ataques globais e está especialmente centrado no Velho Continente.
Corpo do artigo
Citado pela agência France Presse, Rob Wainwright, afirmou que o Daesh "tem a vontade e a capacidade para lançar mais ataques na Europa e, naturalmente, as autoridades nacionais estão a trabalhar para impedir que isso aconteça", explicou o diretor da Europol na apresentação de um relatório sobre mudanças na forma de funcionamento do grupo 'jihadista', que coincide com a abertura do novo centro antiterrorista da agência em Haia (ECTC).
O Daesh reivindicou os atentados de 13 de novembro em Paris, que fizeram 130 mortos, divulgando no domingo um vídeo em que aparecem os alegados nove autores dos ataques e em que ameaça os "países da coligação" que combate as forças do grupo no Iraque e na Síria desde setembro de 2014.
"Os ataques serão principalmente dirigidos a alvos fáceis, pelo impacto que geram. Tanto os ataques de novembro em Paris como o abate em outubro de um avião russo sugerem uma mudança na estratégia do Daesh no sentido global", explicou Wainwright.
O responsável notou a possibilidade do grupo extremista poder realizar "ataques complexos e bem coordenados" em qualquer parte do mundo, graças a combatentes locais que conhecem bem o terreno.
Integrado na sede da Europol em Haia, o ECTC tem cerca de 40 analistas, mas, segundo Wainwright, os recursos deverão ser reforçados dentro de um mês, no âmbito do esforço dos países da UE em aumentar a troca de informações depois dos ataques de 13 de novembro, que mataram 130 pessoas em Paris.
O ECTC deverá concentrar o seu trabalho nos 5.000 cidadãos europeus que se radicalizaram, ao participar no conflito da Síria e do Iraque, "muitos dos quais regressaram e tornaram-se num, grave risco para a segurança".