O Tribunal Penal Internacional anunciou, esta quinta-feira, a captura de Radovan Karadzic, antigo responsável político sérvio que é acusado de genocídio e considerado um dos homens mais procurados do mundo. Para Miguel Monjardino esta captura poderá reaproximar a Sérvia da Europa.
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O procurador do Tribunal Penal Internacional (TPI) para a ex-Jugoslávia Serge Brammertz confirmou, esta segunda-feira, a detenção do antigo responsável político sérvio bósnio Radovan Karadzic, acusado de genocídio e em fuga há cerca de 13 anos.
«O procurador Serge Brammertz saúda a detenção» de Radovan Karadzic, que «está em fuga há cerca de 13 anos», indica um comunicado do TPI.
A primeira acusação contra Karadzic, perseguido nomeadamente pelo genocídio de Srebrenica que custou a vida a oito mil homens em 1995, foi proferida pouco depois desta data.
Radovan Karadzic e o seu braço direito militar Ratko Mladic, que continua em fuga, são considerados como os principais responsáveis deste massacre, o pior cometido na Europa desde o fim da II Guerra Mundial.
Para o especialista em Assuntos Internacionais, Miguel Monjardino, esta detenção traduz-se num sinal de mudança na Sérvia e de aproximação dos sérvios à Europa.
«É um momento importante do ponto de vista da reaproximação da Sérvia à Europa e do enterrar de uma série de fantasmas políticos extremamente dolorosos na história recente europeia», disse.
O especialista adiantou ainda não ser «crível pensar que, num país com a dimensão da Sérvia, o paradeiro destas duas pessoas fosse desconhecido».