Um tribunal francês deu como provado que Simbikangwa distribuiu armas às milícias durante os massacres no Ruanda em 1994, que custaram a vida a cerca de meio milhão de tutsis, mas também a hutus moderados.
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Pascal Simbikangwa, ex-militar ruandês, foi condenado a 25 anos de prisão por um tribunal francês, após ter sido considerado cúmplice de crimes contra a humanidade e genocídio durante os meses de terror na Ruanda em 1994.
Este antigo militar ruandês, agora com 54 anos, foi descrito pela acusação como um soldado que chegou a "número três" dos serviços secretos do Ruanda, mas o arguido negou todas as acusações e a defesa já anunciou o recurso.
O julgamento de Simbikangwa durou duas semanas, o primeiro na justiça francesa em relação aos massacres no Ruanda em 1994, acabou numa deliberação de 12 horas, que deu como provado que Simbikangwa distribuiu armas às milícias.
Durante o julgamento, Sinbikangwa garantiu que não tinha visto «um único cadáver» durante os massacres de 1994, que custaram a vida a cerca de meio milhão de tutsis, mas também a hutus moderados.
Contudo, o tribunal considerou que o antigo militar ruandês deu «instruções para que os tutsis fossem sistematicamente executados».