No Egipto, numa altura em que milhares de pessoas se juntam na praça Tahrir, o exército endureceu o discurso, sublinhando que não vai permitir pressões sobre as Forças Armadas.
Corpo do artigo
O aviso é bem claro e foi transmitido pelo chefe do poder militar, o marechal Hussein Tantaoui. Não vamos permitir pressões sobre as Forças Armadas, de nenhum partido ou indíviduo, diz o marcehal que deixou também o apelo a Mohamed El-baradei e a Amr Moussa, para que apoiem o primeiro ministro que foi designado, Kamal el-Gonzouri, que está a ser contestado nas ruas.
Para hoje, estão previstas mais manifestações para exigir que os militares no poder sejam substituidos por um governo de salvação nacional.
A Coligação da Juventude da Revolução fez um apelo nas redes sociais para que haja hoje um milhão de pessoas a lutar pela legitimidade revolucionária.
A ideia é juntar manifestantes na praça Tahrir, mas também um pouco por toda a Europa.
Só que nos últimos dias, têm também acontecido manifestações de apoio à Junta Militar, o que leva um jornal egípcio a dizer que o país está à beira do precipício.
A situação actual é perigosa, escreve o jornal ligado ao Governo, e o futuro pode ser ainda mais perigoso.
As primeiras eleições no Egipto, depois da Primavera árabe, estão marcadas para amanhã.
No domingo, o Nobel da paz, Mohamed El-baradei surpreendeu o país, dizendo que está disposto a liderar um governo de salvação nacional, abdicando das suas ambições para a presidência do Egipto.