Forças do exército sírio lançaram vários ataques contra os rebeldes no cinturão sudoeste de Damasco, no que os ativistas dizem ser uma nova tentativa para esmagar a revolta na capital «de uma vez por todas».
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Helicópteros de combate e tanques também dispararam contra áreas controladas pelos rebeldes na cidade de Alepo (norte), disseram ativistas e um jornalista da AFP, enquanto o governo continuou a campanha contra os rebeldes que tentam derrubar o presidente Bashar al-Assad.
A nova onda de violência eclodiu um dia depois de o novo embaixador internacional Lakhdar Brahimi ter admitido que estava «com medo» da tarefa que enfrenta, de tentar acabar com o conflito que já dura há 18 meses.
Brahimi, que assume formalmente o cargo do ex-enviado da Liga Árabe Kofi Annan no próximo mês, reuniu-se com líderes da ONU na sexta-feira, a quem disse que o povo sírio «será o nosso primeiro mestre».
«Vamos ter em conta os seus interesses acima e antes de qualquer outra coisa. Vamos tentar ajudar o máximo que pudermos, não vamos poupar esforços», acrescentou Brahimi, um veterano diplomata argelino que intermediou um acordo de 1989 que encerrou a guerra civil do Líbano.
Annan, um ex-chefe da ONU, terminou o se mandato de seis meses para resolver o conflito na Síria com queixas da falta de apoio internacional nos seus esforços para alcançar um cessar-fogo.
No terreno, as tropas dispararam morteiros nos arredores a sul de Damasco após uma semana de ataques ferozes contra posições rebeldes, destinados a desferir um golpe esmagador para os rebeldes na capital, disseram ativistas.
Segundo o Observatório dos Direitos Humanos, agosto foi o mês mais sangrento do conflito, com mais de quatro mil mortos.
No total, já morreram cerca de 24.500 pessoas desde que começou o conflito na Síria.