A cidade, considerada património da Humanidade pela UNESCO, estava nas mãos do Daesh desde maio.
Corpo do artigo
O exército da Síria acaba de confirmar a reconquista de Palmira. Numa declaração na televisão, o comandante geral diz que esta reconquista é a prova de que o exército e os respetivos aliados são capazes de combater e erradicar o terrorismo.
Palmira, a cidade património da Humanidade, estava nas mãos do Daesh desde maio. Há três semanas que as forças de Assad e a aviação russa intensificaram esforços para recuperar Palmira, tendo conseguido entrar na cidade na passada quinta-feira. Este domingo, o Daesh acabou por se retirar.
Segundo o comandante do exército sírio, está assegurada a segurança e a estabilidade na cidade, algo que só foi possível com a ajuda da força aérea russa. O responsável acredita que esta reconquista é um forte golpe no Daesh que marca o início do colapso do grupo terrorista.
Palmira é um dos mais importantes símbolos da Antiguidade Clássica que chegou até aos dias de hoje. A 200 quilómetros a nordeste de Damasco, no meio do deserto, a cidade de Palmira era fundamental na rota comercial que ligava a Pérsia, Índia e China com o Império Romano.
As ruínas de Palmira foram descobertas por viajantes nos séculos 17 e 18. Foi um dos primeiros sítios a receber a distinção de Património da Humanidade da UNESCO, em 1980, com ruínas com mais de dois mil anos.
Antes da Guerra na Síria, todos os anos Palmira recebia 150 mil turistas. Para os sírios a cidade é um símbolo do cruzamento de culturas e de tolerância religiosa.