
Luiz Bejamim França de Lima, o falso padre
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Apresentou-se como licenciado na Universidade de Coimbra e ordenado por Bento XVI e, no entanto, usou dinheiro do processo para comprar terrenos na cidade natal
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Um jovem casal decidiu, por iniciativa dela, anular o casamento pela igreja. Descobrira que o marido era homossexual e já até a trocara por um homem.
Os pais dela, extremamente religiosos, sabendo que para a Igreja Católica o sacramento do matrimónio é indissolúvel ficaram desesperados.
Uma tia da noiva, entretanto, tinha uma solução: conhecera um jovem padre, culto, educado e muito bem relacionado no Vaticano, capaz de resolver o problema.
Luiz Benjamim França de Lima, de 25 anos, trocou então o Pernambuco natal pela casa dos desesperados pais da noiva em Seropédica, cidade nos arredores do Rio de Janeiro.
Licenciado em Coimbra e na Pontifícia Universidade Gregoriana, em Roma, e ordenado diácono pelo papa Bento XVI, foi morando na casa dos pais da menina e pedindo um dinheirinho para uma despesa aqui e outra acolá no processo, moroso e burocrático, de anulação matrimonial.
Mas no fim das contas o padre já morava à conta do casal há mais de dois anos e o processo continuava parado. Desconfiados, o pai e mãe da noiva queixaram-se finalmente à polícia.
E descobriram o inevitável: Luiz Benjamim não era padre, nem diácono ordenado em Roma, muito menos doutor em Coimbra.
E usara o dinheiro, mais de 25 mil euros, arrancado da pobre família para comprar uns terrenos em Pernambuco.
Foi preso por burla qualificada.E a jovem e o marido homossexual continuam, à luz da igreja, casados para desespero dos pais dela.