"Faltam apenas 1,7% para concluir a eleição." Lula "deverá vencer o segundo turno"
Em entrevista à TSF, o número dois de Lula considera que ganhar na primeira volta das eleições "não é fácil". No entanto, Geraldo Alckmin afirma que Lula "deverá vencer o segundo turno", visto que tem "menor rejeição do que o atual presidente".
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Em jeito de balanço de campanha, o número dois de Lula, Geraldo Alckmin, explicou, em entrevista à TSF, o que falhou para o candidato do Partido dos Trabalhadores (PT) não ter alcançado os 50% na primeira volta das eleições brasileiras.
"Nós tínhamos pesquisas que davam 50% já no primeiro turno e outras que davam 49%, 48%. Tivemos 48,3%, faltou 1,7%. O Brasil tem muitos partidos e muitos candidatos. É preciso somar os 10 candidatos para ganhar no primeiro turno, não é fácil. As últimas eleições foram em dois turnos, mas Lula deverá vencer o segundo turno até porque tem rejeição menor do que o atual presidente e porque faltam apenas 1,7% para concluir a eleição", afirmou Geraldo Alckmin, garantindo que Lula vai agora em busca da maioria absoluta.
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À TSF, Geraldo Alckmin destacou ainda as medidas para o futuro de Lula da Silva, sublinhando a vontade de apostar novamente na ciência e no desenvolvimento de um novo programa fiscal.
"O presidente Lula tem destacado a questão do emprego e da renda, uma agenda de competitividade que inclui a reforma tributária, a simplificação dos impostos, a desburocratização, a melhoria da educação de qualidade no Brasil", adiantou o vice-presidente do candidato do PT.
"A questão da ciência, o Brasil teve um retrocesso com o negacionismo" e, por isso, deve "investir em pesquisa, em tecnologia, logística e infraestrutura".
Com 99,99% das secções eleitorais apuradas, o candidato do Partido dos Trabalhadores, Luís Inácio Lula da Silva, tinha 48,43% dos votos, contra 43,2% de Jair Bolsonaro.
Ainda assim, o partido do Presidente brasileiro, Jair Bolsonaro, conseguiu eleger oito senadores dos 27 lugares que estavam em disputa nas eleições e deverá iniciar 2023 com a maior bancada da câmara alta, o senado brasileiro.
Ao todo, o campo político aliado ao 'bolsonarismo' conseguiu eleger 18 senadores.
Segundo a imprensa local, somente sete dos eleitos para o senado são simpatizantes do campo político do ex-Presidente Lula da Silva.
Em terceiro lugar, mas com apenas 4,16% dos votos, ficou a candidata Simone Tebet, enquanto o candidato Ciro Gomes ficou foi o quarto mais votado, com 3,04%.
Soraya Tronicke (0,51% dos votos), Luís Felipe D'Ávila (0,47%), Padre Kelmon (0,07%), Leonardo Péricles (0,05%), Sofia Manzano (0,04%), Vera Lúcia (0,02%) e Eymael (0,01%) foram os restantes candidatos às presidenciais de domingo.
Mais de 156 milhões de eleitores brasileiros foram chamados às secções de voto, onde estavam instaladas 577.125 urnas eletrónicas, espalhadas por 5570 cidades do país.