Os responsáveis pela execução do testamento de Nelson Mandela tornaram público esta segunda-feira o documento que traduz a última vontade do líder histórico da África do Sul.
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Dois meses depois da morte de Nelson Mandela, o testamento foi lido aos familiares e depois parcialmente tornado público.
Ninguém é esquecido, num documento que tem 40 páginas e que foi inicialmente escrito em 2004, e posteriormente alterado duas vezes, em 2005 e 2008.
Um inventário, ainda provisório, dá conta de uma fortuna que ultrapassa ligeiramente, os três milhões de euros, não contando com direitos de autor e outras receitas eventuais que possam surgir.
Uma parte dessas receitas são entregues ao Congresso Nacional Africano, o partido de Mandela.
Toda a família de Mandela tem algo a receber. Cada uma das três mulheres da vida de Mandela estão detalhadas num parágrafo específico.
A viúva Graça Machel aceitou não gastar o dinheiro comum nem vender nenhuma das propridades adquiridas depois do casamento. Tem mais um mês para entregar uma lista dos bens comuns que quer manter e que serão excluídos da execução do testamento. Mandela e Graça Machel, eram casados com comunhão de bens.
São ainda definidos vários donativos a escolas básicas, secundárias e superiores, para atribuição de bolsas e outros apoios a alunos necessitados.
Entre as escolas beneficiárias, estão a escola da terra natal e uma outra no Soweto, o bairro da resistência do ANC ao Apartheid.
Os donativos a escolas foram estimados em pouco mais de seis mil e seiscentos euros cada.
Ninguém contestou o testamento antes do o conhecer e já depois de saber os detalhes.