Familiares de reféns em Gaza convidam Trump para encontro: "Precisamos de o olhar nos olhos"

O Fórum de Familiares de Reféns e Desaparecidos, que representa os familiares da maioria dos reféns em Gaza, convidou esta quinta-feira o Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, para um encontro em Israel.

"Seja um discurso na praça (conhecida como 'Praça dos Reféns' em Telavive), um lugar que se tornou um símbolo de esperança e resiliência do espírito humano, uma visita privada às famílias ou qualquer encontro que se enquadre na sua agenda, faremos o que for necessário para o tornar possível", afirmou esta quinta-feira o Fórum em comunicado.

Esta madrugada, ainda quarta-feira em Washington, o Presidente norte-americano, Donald Trump, anunciou um primeiro acordo entre o Hamas e Israel para libertar todos os reféns e iniciar uma retirada delimitada das forças israelitas em Gaza.

"Simplesmente precisamos da oportunidade de o olhar nos olhos e expressar aquilo que as palavras por si só não conseguem transmitir plenamente: que nos devolveu as nossas famílias e, com elas, a nossa esperança", é referido no comunicado do Fórum.

Donald Trump chegará a Israel no domingo, informou o jornal israelita Yedioth Ahronot, após a assinatura do acordo de cessar-fogo na Faixa de Gaza.

De acordo com o anúncio de Trump, a libertação dos 48 prisioneiros em Gaza terá lugar na segunda-feira. Destes, as autoridades israelitas estimam que cerca de 20 ainda estejam vivos.

Israel e o Hamas ainda não chegaram a acordo sobre a lista dos 1950 prisioneiros palestinianos que serão libertados em troca dos reféns.

Cerca de 250 serão prisioneiros condenados a prisão perpétua, enquanto os outros 1700 serão pessoas detidas na Faixa de Gaza, disse um membro do gabinete político do Hamas à agência de notícias espanhola Efe.

Antes da libertação dos prisioneiros em Gaza, o Exército israelita deverá recuar para a "linha amarela" estipulada pelos EUA, marcando a primeira fase da sua retirada do enclave.

De acordo com o jornal israelita Haaretz, esta primeira retirada ocorrerá para que as milícias de Gaza, lideradas pelo Hamas, possam localizar todos os reféns.