As Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (FARC) confirmaram hoje, na capital de Cuba, o iminente início do diálogo com o governo colombiano, passada a fase exploratória sobre as negociações de paz.
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Seis membros da guerrilha das FARC, cinco homens e uma mulher, deram uma conferência de imprensa para apresentar a posição da organização, que tinha sido revelada na segunda-feira, em vídeo, pelo líder máximo das FARC, Timoleón Jiménez, também conhecido como Rodrigo Londoño Echeverri.
Antes, o Presidente colombiano, Juan Manuel Santos, tinha anunciado um acordo preliminar com o principal grupo rebelde esquerdista para o início de negociações, destinadas a acabar com um conflito que já causou dezenas de milhares de mortes.
Durante um discurso transmitido pela televisão, Santos classificou o acordo como um mapa para «uma paz definitiva», acrescentando que foi alcançado ao fim de seis meses de conversações em Cuba, com o Executivo de Havana e o norueguês a intermediarem as partes, depois de ano e meio de trabalho preparatório.
O acordo não inclui um cessar-fogo.
Entretanto, o ex-Presidente colombiano Álvaro Uribe (2002-2010) qualificou hoje como "uma bofetada na democracia" as negociações formais de paz, que deverão abrir em outubro, na capital norueguesa.
Muito crítico do seu sucessor, Uribe argumentou que a única saída para o conflito armado tinha de ser «a submissão à justiça» por parte da guerrilha.