
Reuters
O FBI descobriu uma carta na casa de Ariel Castro, em Cleveland, onde este afirma que foi abusado sexualmente na infância e onde se define como um «predador sexual».
Corpo do artigo
A cadeia de televisão norte-americana CBS refere na sua página eletrónica que a carta, que terá sido escrita em 2004, indicava que Ariel Castro pensava em suicidar-se.
A carta foi recuperada pelo FBI, segundo a CBS, que nos últimos dias tem encetado ações de busca na casa onde Castro manteve cativas Michelle Knight, Amanda Berry e Gina DeJesús, bem como a filha que Amanda Berry teve durante o cativeiro.
Na carta, Castro relata os factos mais relevantes da sua vida, incluindo os alegados abusos que sofreu infligidos pelos seus pais bem como por um dos seus tios que o violou quando era criança.
A cadeia WOIO de Cleveland, que disse ter tido acesso à carta, assinalou que Ariel se identifica como «um predador sexual» e que expressa a sua necessidade de ajuda.
Ariel Castro refere também que as mulheres estavam na casa «contra o seu desejo porque cometeram o erro de entrar num carro com um desconhecido».
Os órgãos de comunicação social de Cleveland revelaram também na noite de quinta-feira que as autoridades vigiam 24 sobre 24 horas Ariel Castro devido a receios que se suicide.
Entretanto, o Ministério Público dos EUA anunciou que está a analisar o pedido de condenação à morte para Ariel Castro.