O ministro dos Negócios Estrangeiros garantiu hoje "não há registo" de portugueses, entre as vítimas do ciclone e das cheias em Moçambique.
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Augusto Santos Silva disse que o levantamento ainda está em curso, dado o elevado número de portugueses residentes na zona afetada. A estimativa do governo é que haja "mais de 2000 portugueses a residir na zona da Beira".
A falar em Bruxelas, à margem de um conselho de Negócios Estrangeiros, Santos Silva disse que a "primeiríssima prioridade" era a de "tentar perceber se todos estão bem, e a apoiar e a ajudar aqueles que precisem de ajuda de emergência", estando o governo a dar a ajuda possível "nesta altura".
"O consulado português na Beira encontra-se aberto", afirmou Santos Silva, lamentando que "as suas instalações tenham ficado muito danificadas" e, por essa razão, haja "muitos problemas em matéria de comunicações e de abastecimento de energia. Mas, está aberto, atendendo quer cidadãos, de nacionalidade portuguesa, quer europeus".
Santos Silva afirma que o Estado português definiu para já dois planos para prestar auxílio no local. Sendo o primeiro o do "apoio de emergência à nossa comunidade, - há vários milhares de inscritos no consulado na Beira, que cobre todo o centro e norte de Moçambique. E, estamos também já colocando-nos à disposição das autoridades moçambicanas, para participar no levantamento de necessidades mais prementes da população moçambicana".
Pelos dados que têm disponíveis, não há dados sobre vítimas portuguesas. "Felizmente, até ao momento, nós não temos qualquer registo de óbitos ou feridos entre os portugueses, nem temos conhecimento de nenhuma cidadã ou cidadão português que se encontre em perigo de vida", relatou ministro, apontando o exemplo das "zonas remotas ou isoladas", em que não haverá portugueses.
O ministro dos Negócios Estrangeiros disse que os serviços consulares estão também a fazer um levantamento dos danas materiais em habitações e em empresas de portugueses residentes em Moçambique.