Foi o primeiro processo de impeachment na América Latina, em 1992. Uma denúncia feita pelo irmão de Collor desencadeou a investigação. Demitiu-se na noite em que ia ser condenado pelo Senado.
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Pedro Collor, irmão de Fernando, em entrevista à revista Veja, em maior de 1992, revelou esquemas de corrupção no governo e lavagem de dinheiro no estrangeiro, liderados pelo tesoureiro da campanha que levou Fernando Collor de Mello à presidência do Brasil, Paulo César Farias.
Começou aí o fim da presidência de Collor. Uma Comissão Parlamentar de Inquérito foi instaurada pelo Congresso, que investigou as alegações. No dia 26 de agosto o relatório da Comissão foi aprovado, concluindo que Collor tinha "desonrado" a presidência e que conhecia o esquema montado por Paulo César Farias.
No dia 1 de setembro, numa altura já muito marcada por inúmeras manifestações a pedirem a demissão de Collor, a Associação Brasileira de Imprensa e a Ordem dos Advogados do Brasil, apresentaram o pedido de impeachment.
Quase um mês depois, o processo de impeachment foi aprovado com 441 votos contra Collor e apenas 33 a favor. Cerca de 100 mil pessoas aguardaram junto ao edifício do Congresso Nacional, em Brasília, a contagem dos votos dos deputados federais.
O processo de impeachment foi instaurado pelo Senado no dia 1 de outubro e no dia 2 Collor foi afastado e o "vice" Itamar Franco assumiu a presidência.
Fernando Collor de Mello renunciou à presidência da República do Brasil a 29 de dezembro de 1992, horas antes de se saber a decisão do Senado, procurando assim não perder os direitos políticos e tentar evitar que o processo chegasse ao fim. A sentença "saiu" na mesma: com 76 votos a favor e 3 contra, o impeachment foi aprovado e Collor condenado à perda de mandato e proibido de se apresentar a eleições durante oito anos.
Fontes: Fotos Públicas e Wikimedia Commons